
O preço cobrado pelo gás de cozinha, o botijão de 13 kg, continua em alta na capital paraense. É possível encontrar o produto vendido a até R$ 110, em um ponto na avenida Duque de Caxias, bairro do Marco. Em outras revendas o gás está mais em conta, como na avenida Senador Lemos, no Telégrafo, onde custa atualmente R$ 95,99.
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A variação de preço do botijão pode chegar a R$ 15, em Belém. Em seu último levantamento, realizado entre 15 e 21 deste mês, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) avaliou o valor dogás em 44 postos da capital.
Vale ressaltar que há alguns meses o consumidor não sente sinais de queda nos valores, pelo contrário. O último reajuste autorizado pela Petrobras entrou em vigor em 1º de agosto, com um aumento de 7% nos preços de venda de gás natural para as distribuidoras. Antes disso, a companhia já havia elevado o valor em 39% no dia 1º de maio deste ano, considerando os preços de petróleo e dólar no trimestre entre janeiro e março.

Segundo a Petrobras, os reajustes são realizados trimestralmente, com variações que decorrem da aplicação de fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento. São considerados o preço do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio. Ou seja, como dificilmente haverá diminuição no preço do produto, a saída para o consumidor é pesquisar os locais de revenda. Ontem o DIÁRIO reproduziu a pesquisa da ANP e também percorreu alguns postos.
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Em um ponto na travessa Angustura com avenida Antônio Everdosa, na Pedreira, o gás é vendido a R$ 99 na porta e para a entrega sai a R$ 105. O valor é mantido há dois meses.
“Sendo que já houve alguns percentuais de reajuste, mas nós não estamos repassando por conta da venda que está caindo. São muitas reclamações todos os dias, seja na portaria ou na entrega. Mas, se for olhar, a gente nunca cobra o valor real, sempre menos”, contou o estoquista Hiago Lima.
DIFICULDADES
Moradora do Telégrafo, a confeiteira Gracilene Costa, 42, passou a cozinhar menos em casa para conseguir economizar o gás. Ela mora com o esposo e duas filhas. E como o alto custo da alimentação também tem impactado a renda das pessoas, a exemplo da carne e do frango, a família tem optado por fazer mais refeições fora.
“A gente faz comida no máximo três vezes por semana. Três pessoas em casa trabalham e passam o dia fora, eu, meu companheiro e minha filha mais velha. E aqui no bairro tem uma grande variedade de venda de quentinhas também para o dia a dia. Não gosto de comprar carne de segunda, porque o osso pesa e a carne para bife está R$ 40. A última vez que comprei gás paguei R$ 105. Está caríssimo. Ao invés de fazer o café coado, a gente faz o solúvel que também economiza gás”, afirmou.
Já em uma lanchonete que produz café, lanches e refeições diariamente, na avenida Almirante Barroso, no Marco, segundo a atendente Sâmia Costa, 27, é preciso comprar dois botijões de gás a cada dez dias para conseguir atender a demanda do estabelecimento.
“A gente funciona de segunda à sexta, das 6h às 19h. No mínimo a gente gasta R$ 200 a cada dez dias, para comprar dois botijões. Está tendo reajuste o todo tempo, mas estamos mantendo os preços dos produtos há seis meses. Aqui já tem clientes fixos. Se aumentar as pessoas podem querer se afastar”, revelou.
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