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MEIO AMBIENTE

Jader cobra ações do Governo Federal contra queimadas

O aumento nos focos de incêndio, na região, fizeram o senador paraense encaminhar documento questionando ministro sobre as medidas que estão sendo tomadas para coibir as ações criminosas na região.

Imagem ilustrativa da notícia Jader cobra ações do Governo Federal contra queimadas camera As queimadas aumentam na Amazônia e Jader decidiu cobrar o Governo Federal. | Divulgação

Os recentes dados divulgados pelo Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revelaram a existência, em agosto, de mais de 28 mil novos focos de queimadas na Amazônia, chamaram a atenção do senador Jader Barbalho (MDB-PA). A revelação de que o número está acima da média histórica e que a alta no número de focos acontece em meio à proibição do uso de fogo para queimadas, decretada em junho pelo Governo Federal, fez com que o senador paraense encaminhasse um documento arguindo o novo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, sobre as medidas que estão sendo tomadas para coibir as ações criminosas na região.

A cobrança foi feita por meio de um Requerimento de Informações, que, assim como acontece com uma Comissão de Inquérito Parlamentar, ou CPI – a mais famosa em curso é a da Pandemia –, tem função fiscalizatória prevista no artigo 50, parágrafo 2º, da Constituição Federal. Ou seja, faz parte da função constitucional do Legislativo de fiscalizar os atos do Poder Executivo; a recusa, negativa ou prestação falsa de informações implica em crime de responsabilidade.

No documento, o senador Jader Barbalho enfatiza a cobrança de informações detalhadas sobre ações efetivas de combate ao desmatamento na região: “Quais as ações concretas que estão sendo tomadas para conter o desmatamento desenfreado e, ao que tudo indica, criminoso, na Amazônia?”, questiona o senador paraense.

Requerimento enviado por Jader (abaixo) cobra informações detalhadas sobre ações tomadas pelo ministério para reduzir queimadas e os recursos enviados
📷 Requerimento enviado por Jader (abaixo) cobra informações detalhadas sobre ações tomadas pelo ministério para reduzir queimadas e os recursos enviados |Reprodução

O parlamentar quer saber ainda sobre as providências legais que estão sendo tomadas para punir os responsáveis pelo desmatamento ilegal e quanto de recursos do orçamento público está sendo destinado para o combate às queimadas e ao desmatamento na Amazônia.

Jader Barbalho solicita detalhes sobre a estimativa de gastos para o combate ao desmatamento e às queimadas e argui sobre a data em que terá início a execução de um “plano concreto e robusto para evitar a devastação completa da Amazônia”. “A retrógrada política de preservação ambiental deste governo resultou, lamentavelmente, na maior taxa de desmatamento na Amazônia em dez anos para o mês de março, segundo dados do Instituto Imazon. A Amazônia perdeu 810 quilômetros quadrados de floresta em março deste ano. Para se ter uma dimensão do estrago, o tamanho da área devastada é um pouco maior que a cidade de Goiânia. O desmatamento aumentou 216% em relação a março de 2020”, protesta o senador.

FUNDO

Jader lembra que, no início do atual governo, o Fundo Amazônia tinha cerca de R$ 2,9 bilhões reservados para serem aplicados em projetos de preservação e fiscalização do bioma Amazônia. Criado em 2008, o Fundo é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está sem atividade desde 2019, quando Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu a presidência da República e o ex-Ministro Ricardo Salles ameaçou utilizar os recursos para o pagamento de indenizações de terras a posseiros e grileiros.

Por essa razão, ele também requer informações sobre as providências que estão sendo tomadas para a retomada do Fundo Amazônia, que tem em seu saldo R$ 2,6 bilhões, recursos esses que foram “congelados” pelos governos da Noruega e da Alemanha, que eram os principais doadores do Fundo.

A Noruega só pretende retomar os repasses para o Fundo Amazônia quando o Brasil demonstrar que pode reduzir o desmatamento da Floresta Amazônica. O país parou de financiar o mecanismo em 2019, após uma série de mudanças unilaterais promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro. Entre 2008 e 2018, a Noruega trabalhou em estreita colaboração com o Brasil para a proteção da Amazônia, tendo repassado 3,1 bilhões de reais para a iniciativa neste período. Oslo era o maior doador do Fundo Amazônia. Berlim, por sua vez, doou cerca de 200 milhões de reais.

“Todas as ações, que vimos o Ministério do Meio Ambiente adotar até o presente momento, foram no sentido de enfraquecer e deslegitimar os órgãos de meio ambiente nacionais, diminuir o orçamento, reduzir o quadro de funcionários, desqualificar as ações dos servidores, além de menosprezar as parcerias internacionais”, escreveu o senador. “É preciso mudar essa agenda negativista e promover transparência sobre o que está sendo feito neste novo comando”, concluiu Jader Barbalho.

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