A morte de um homem de 55 anos com suspeita de doença de Haff, conhecida popularmente como a “doença da urina preta”, registrada esta semana em Santarém, no oeste paraense, acendeu o alerta nas cidades do entorno. A prefeitura de Juruti, por exemplo, proibiu venda e consumo de três espécies de pescado que seriam associadas à rabdomiólise: pirapitinga, pacu e tambaqui, espécies oriundas do Amazonas, estado que há tem 55 casos confirmados e enfrenta um surto da doença.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que, além da morte em Santarém, investiga outro caso suspeito em Belém, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs). Não há casos da doença em investigação em Juruti.
Morte pode ter sido causada pela “urina preta” no Pará
Urina preta: venda de pescado é proibido em cidade do Pará
Mas, afinal, o que é doença de Haff ou “da urina preta”?
“Tomamos conhecimento que Juruti emitiu um comunicado proibindo o consumo e a comercialização de peixe pirapitinga e tambaqui oriundos de rios e lagos. A Sespa emitiu nota de alerta com orientações para identificação e notificação de casos suspeitos”, complementou a pasta, em nota enviada à reportagem.
Os sintomas são dores musculares intensas de início súbito, sem causa aparente - podendo ser acompanhada de extrema rigidez, mialgia difusa, dor torácica, dor abdominal, náuseas, vômitos, dispneia, dormência, perda de força em todo o corpo e urina cor de café sem causa aparente, além de ter histórico de consumo de pescado (de água salgada ou doce) nas últimas 24h antes do início dos sinais e sintomas. A Secretaria reforça a urgência, em caso de sintomas, de buscar atendimento imediatamente na rede pública de saúde do município, que é também o responsável por monitorar a evolução do quadro dos pacientes.
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