"O que mais se divide, mais se multiplica?" Esse foi o questionamento que deu início a mais uma ação da diretoria do Grupo RBA de Comunicação voltada aos colaboradores da TV, rádios, jornal e portal. A linha principal foi o combate ao racismo através do conhecimento.
Para a ministração da palestra "Desigualdade racial na sociedade brasileira - Como usar o poder da Comunicação para transformar essa realidade", o convidado foi o advogado Rafael Lauria que explanou sobre a forma que o racismo estrutural se desenvolve dentro das instituições e da sociedade como um todo.
Durante a apresentação, Lauria dividiu o conhecimento sobre uma das questões que mais permeiam o cotidiano brasileiro e que atualmente vem se expandindo categoricamente nas rodas de discussão.
Uma delas no esporte, assunto ao qual motivou a palestra em razão da polêmica envolvendo o radialista Cláudio Guimarães, no último mês de julho, que precisou ser afastado em razão de uma fala preconceituosa durante a narração do jogo Remo e Londrina, pela Rádio Clube do Pará, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série C.
Rádio Clube do Pará afasta radialista após falas racistas.
A quebra de paradigmas, foi contextualizada como uma das formas de se extinguir a prática criminosa. A história e construção do racismo brasileiro foram outro viés.
"Mudar a realidade não tem somente a ver em mudar um conhecimento meu, mas mudar a forma de enxergar o racismo, de como ele está entranhado de forma estrutural no nosso meio para que eu possa agir", disse Rafael Lauria se referindo a necessidade dessa desconstrução.
Quanto a comunicação Lauria observa o comunicador como uma referência a maioria das pessoas.
"Eu conoto o comunicador de massa como alguém que tem um grande alto-falante, que influencia pessoas que muitas vezes estão sedentas em ter uma referência. Quando você tem uma referência ou está buscando ela é muito bom ter alguém que te dê um norte, um caminho, que te faça pensar também", pontuou.
O editor-executivo do DOL, Mauro Neto, participou da palestra e aponta a importância da ação como uma forma de abrir os horizontes dos profissionais da comunicação em todos os aspectos.
"Não podemos ignorar que há um mundo em constante mudanças lá fora: os tempos são outros, os dias são outros. Dividir o conhecimento com um profissional que lida com o racismo e a forma que ele se apresenta nas mais diversas esferas é de fundamental importância", avaliou.
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