Criação do DOL revoluciona mercado de notícias do Pará

A criação do DOL marca um importante passo para a circulação de informação jornalística e amadurecimento do web jornalismo no Pará. Em 2010, quando o site surgiu, os sites noticiosos ainda reproduziam quase que integralmente o conteúdo dos jornais impressos. O DOL abriu um novo caminho e consolidou no mercado um formato de portal moderno com apresentação em formatos multimídia, qualidade de informação e um modo particular e muito próximo de interação seu público de dentro e de fora do território paraense.

São 11 anos desde que o portal foi lançado em setembro de 2010. Quem ajuda a contar essa história do DOL desde o começo são os profissionais de Jornalismo que participaram dessa empreitada pioneira, que ajudaram a transformar o site no maior portal de notícias da região Norte, integrado com todos os veículos da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), com uma audiência de mais de 200 milhões de visualizações e 1 bilhão de impressões em suas redes sociais nos últimos 12 meses.

O presidente do Grupo RBA, Jader Filho, afirma que o hoje consagrado trabalho do portal de notícias DOL começou com a observação das muitas mudanças que mercado de notícias do Brasil e do mundo passava na primeira década do século 21. Na época, ainda prenominava a circulação de informações por jornais impressos, como o Diário do Pará. “Entender que novas tecnologias surgem e novas formas de comunicar e alcançar um público ainda maior foi definitivo para investir e começar esse trabalho, que hoje é um sucesso absoluto entre nossos usuários do site e os anunciantes”, comenta o executivo.

O editor-executivo do DOL, Mauro Neto, explica que o êxito do Portal hoje é parte de um longo trabalho, iniciado ainda em 2010, que inclui atenção total às mudanças no mundo tecnológico. "Tudo o que o DOL conquistou, como relevância, credibilidade, proximidade com os leitores e qualidade e rapidez na publicação de informações, é fruto de um trabalho competente e contínuo dos profissionais que fazem o portal hoje, mas também os que se empenharam naquele começo, quando tudo ainda era novidade", pontua.

A jornalista Ângela Bazzoni hoje enverga uma bonita farda branca de oficial na Marinha do Brasil, atuando na Assessoria de Comunicação Social do Comando do 4º Distrito Naval. Mas, em 2008, ela integrava a equipe de profissionais que começou a criar as bases para a criação definitiva do Diário Online. Nessa época, a tarefa ainda era atualizar o site diariodopara.com.br com matérias do jornal impresso. “Ainda era algo inicial. Não havia em Belém um veículo puramente on-line, estávamos desbravando algo novo”, relembra.

Nesse princípio, o web jornalismo ainda não se diferenciava tanto das ferramentas mais tradicionais da imprensa. Com a criação do DOL, em 2010, houve um investimento maior em tecnologia e mão de obra de Tecnologia da Informação e de Jornalismo. Ângela relembra que, a partir daí, foi introduzido um painel de postagem mais moderno e se iniciou um uso mais intenso de conteúdos multimídias, como vídeos, podcast e galerias de imagens.

Em 2010, um fenômeno também sacudiu a forma de noticiar na Internet: o boom das redes sociais. Elas passaram a ser grande fonte de informações e conteúdo, o que deu mais independência à equipe e projetou fortemente o DOL, o único portal da região naquela época. “As pessoas procuravam o portal para saber o que estava acontecendo na cidade, viam suas queixas e problemas sendo retratadas pela imprensa”, comenta.

A jornalista avalia que colocar o DOL em prática foi “muito empolgante e natural”. Segundo ela, depois da fase inicial de transferência de conteúdo impresso para o digital, era preciso dar o próximo passo. “O mercado e os usuários necessitavam desse produto e, por isso, o DOL foi muito bem recebido. Foi um sucesso desde o início. Ver nosso trabalho crescer junto com o DOL era desafiador e muito gratificante. Acompanhávamos os números com muita alegria”, recorda.

“Passei 10 anos no DOL. Foram anos de muitos aprendizado, muitas experiências, descobertas, trocas. Carrego essa experiência com muito orgulho e carinho. Sou fã do DOL desde sempre”, diz a militar.

Do e-mail e telefone fixo para redes sociais e smartphones

O hoje nômade digital e produtor de conteúdo especialista em SEO para sites e blogs, César Modesto, também é um dos pioneiros da estruturação do DOL como portal de notícias. Ele começou os trabalhos no Diário Online, em 2012, como coordenador sênior e assumiu a função de editor executivo, em 2016. Modesto relembra que, naquela época, os canais de comunicação com a redação ainda eram, predominantemente, o e-mail e o telefone fixo, muito diferente da facilidade e rapidez adquirida com redes sociais hoje.

Modesto também testemunha que, no período de implantação do DOL, o acesso ao portal estava limitado aos usuários de computador doméstico e a conexão pelos smartphones ainda não era majoritária como ocorre atualmente. As principais redes sociais, Facebook e Twitter, ainda eram pouco acessadas no Brasil, e não havia muita distinção entre usuários comuns, empresas e imprensa. Foi a popularização da tecnologia 4G, em 2014, que possibilitou aos usuários um acesso mais fluido aos aplicativos e à internet nos celulares.

Atentos às mudanças, a equipe de TI e Desenvolvimento da RBA se manteve-se atualizada e buscava as principais novidades em programação e Sistema de Gestão de Conteúdos para o DOL. “O DOL também nasceu do aprendizado do Grupo RBA com o site do Diário do Pará, que refletia as publicações do impresso e trazia algumas novidades”, reitera o jornalista.

Ele diz que a “virada de chave” de site para portal foi um passo muito importante. “Não apenas para a empresa, mas para o jornalismo paraense como um todo”, frisa. “Como um portal de notícias é um modelo essencialmente digital e tecnológico, toda e quaisquer mudanças nessas áreas afetam o que está sendo feito hoje e o que está por vir”, explica.

Modesto também destaca que a descoberta das mídias sociais pelo jornalismo fez a diferença para consolidação do DOL. “Havia o impresso, a rádio e a TV para fazer a divulgação do portal, mas quando as mídias sociais popularizaram e o DOL aprendeu como usá-las ao seu favor, tornou-se mais independente e o crescimento foi exponencial, alcançado não apenas os usuários da nossa região, mas do país e do mundo”, diz.

O jornalista recorda que não demorou para o DOL no Facebook estar entre os 20 maiores do Brasil em número de seguidores, na categoria Notícias. A função dos social media foi uma necessidade para atender a essa nova interface com o público.

Assim como Ângela, Modesto vê a experiência que teve no DOL como uma das mais marcantes de sua carreira. “Foi onde eu aprendi a ser gestor e decidi me especializar em comunicação e jornalismo digital, além de descobrir o marketing digital e aplicá-lo nas atividades que faço. Tive a oportunidade de trabalhar ao lado de ótimos profissionais, alguns que estão até hoje no DOL e que assumiram funções que um eu dia já exerci”, comenta.

DOL hoje

O jornalista e editor sênior do DOL, Ronald Sales, também é um pioneiro do Jornalismo Digital do Pará e continua atuando no dia a dia da produção de notícias do portal, onde começou em 2012. “Atualmente, o DOL é uma referência quando falamos de portal regional. Com o advento das transformações e possibilidades que as redes sociais passaram a dar, o nosso trabalho sentiu o impacto desses efeitos que elas trouxeram. E isso fez com que impulsionássemos o nosso alcance”, cometa sobre a atual fase do portal.

A ampliação de alcance com as redes sociais fez com o DOL entrasse em nichos específicos de audiência ainda mais diversificados, avalia Ronald. “O trabalho de informar e segurar a credibilidade que construímos também aumentou exponencialmente. Junto com o desafio de combater as fake news. Uma contrapartida ao que veio junto com as facilidades das redes sociais atrelada ao webjornalismo”, conta.

O jornalista avalia ainda os novos tempos que alteraram velhas rotinas e inverteram algumas hierarquias no processo de produção de notícias, mudanças que o DOL também incorpora para atender seu público. “Se antigamente o jornalista focava seu trabalho no segmento investigativo para assegurar a exclusividade da pauta, hoje, os profissionais buscam pautas de acordo com o interesse do público”, analisa. Ele comenta ainda que o maior desafio do começo de atividades do DOL foi fazer os profissionais entenderem esse novo processo de nova tendência da carreira.

Hoje o DOL transita em nas principais redes sociais se comunicando diretamente com seus usuários e usando todas as ferramentas disponíveis em cada uma delas para melhor informar seu público. Como consagração de qualidade e credibilidade, o DOL firmou recentemente parceria como Google e, atualmente, é um dos sites jornalísticos de referência no Brasil com foco na região Norte, garantindo ao leitor confiabilidade ao conteúdo publicado.

“Em 11 anos de história, o DOL se consolidou como um dos veículos de informação mais importante do Brasil, sem exagero nenhum. Estamos em uma região de extrema importância para o mundo e tudo que acontece aqui interessa a um público cada vez maior. Nossa missão também é essa, a de informar com rapidez e fidelidade os fatos que ocorrem na Amazônia brasileira. A presença consistente nas redes sociais e o contato direto com nosso público são fundamentais para cumpri-la”, afirma Jader Filho.