
Quando, em 29 de agosto desse ano, a família de Antônio Ivanildo Queiroz veio à público denunciar um possível caso de tortura seguido de morte do pedreiro de 45 anos pelas mãos de policiais militares, as atenções imediatamente voltaram-se para o tenente-coronel que comandou a ação policial.
O PM Lima Neto liderou a ação naquele dia que culminou na morte do pedreiro, morador da rua Santa Lúcia, no bairro do Tapanã, em Belém. Ele foi afastado no final do mês de agosto e as investigações seguiram sob sigilo. Agora, através de seu advogado, o militar procurou o DOL para dar sua versão do acontecimento.
A nota inicia com a defesa ressaltando que nenhuma tortura aconteceu durante a abordagem dos policiais e narra o episódio, afirmando que Antônio foi flagrado na rua com drogas e que tentou fugir.
“O laudo de necropsia, que foi vazado em um processo que está sob segredo de justiça, aponta asfixia mecânica por constrição externa do pescoço, fato esse ocorrido após o senhor Antônio Queiroz ter sido encontrado na rua carregando 37 petecas de cocaína. Uma perseguição policial ocorreu para capturar o indivíduo, quando o mesmo entrou em uma casa, na qual os policiais não sabiam que era do nacional”, diz.
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A defesa pontua também que Antônio, na ocasião, teria reagido e tentado tomar a arma de um dos policiais militares, o que obrigou os agentes a imobilizar o pedreiro. O manifesto salienta também, pelo menos, quatro processos judiciais em seu nome na Justiça do Estado do Ceará.
“No quintal da casa, o Antônio Queiroz tentou tomar a arma de um dos policiais militares e foi contido à força quando um dos policiais passou o seu braço na altura do pescoço, salvando a vida de seu companheiro de trabalho e realizando a captura de um indivíduo que possui processos no Estado do Ceará e até mandado de prisão expedido”, relata.
ASFIXIA MECÂNICA
Na última terça-feira (28), foi divulgado o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o crime. No documento, a equipe do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves apontou que Antônio Queiroz foi morto por asfixia mecânica, devido à constrição externa do pescoço, enforcamento.
Paralelo a isso, a família do pedreiro alega que a vítima foi torturada com um saco plástico e sufocada até a morte. Antônio foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tapanã pela polícia sob a alegação de que ele morreu de infarto.
Confira a seguir a nota na íntegra emitida pela defesa do tenente-coronel Lima Neto da Polícia Militar:
Quanto à matéria veiculada no site Diário Online – DOL e demais meios de comunicação do Grupo RBA, sobre as ações ocorridas no bairro do Tapanã que envolvem o Tenente-Coronel Lima Neto, salientamos que ele e os demais policiais militares presentes no local, em momento algum realizaram qualquer tipo de tortura, como foi divulgado.
O laudo de necropsia, que foi vazado em um processo que está sob segredo de justiça, aponta asfixia mecânica por constrição externa do pescoço, fato esse ocorrido após o senhor Antônio Queiroz ter sido encontrado na rua carregando 37 petecas de cocaína. Uma perseguição policial ocorreu para capturar o indivíduo, quando o mesmo entrou em uma casa, na qual os policiais não sabiam que era do nacional.
No quintal da casa, o Antônio Queiroz tentou tomar a arma de um dos policiais militares e foi contido a força quando um dos policiais passou o seu braço na altura do pescoço do indivíduo, salvando a vida de seu companheiro de trabalho e realizando a captura de um indivíduo que possui processos no Estado do Ceará e até mandado de prisão expedido.
Antônio Queiroz foi socorrido no local, os policiais realizaram os primeiros socorros, foi levado para atendimento médico, mas acabou falecendo em função de seus próprios atos, tendo em vista não ter acatado qualquer ordem policial e ter tentado tomar o armamento de um deles, correndo perigo de ter a vida de mais um policial colocada em risco em função de atos inconsequentes.
Dessa forma, salientamos que o Tenente-Coronel Lima Neto e os demais policiais que estavam na cena da captura do indivíduo, possuem anos de serviços público prestados na mais absoluta retidão e cumprindo fielmente as nossas leis. Possuem o reconhecimento da corporação quanto ao seu profissionalismo e da sociedade quanto à contribuição social em manter a paz e ordem nas ruas.
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