Em muitas esquinas de Belém é possível encontrar vendedores de comidas típicas. E essa tradição gera renda para os empreendedores, assim como empregos a seus colaboradores. É no contexto da hereditariedade que a venda Tacacá Paraense existe há 55 anos, na avenida Nazaré, todos os dias, das 10h às 22h. O negócio emprega pelo menos seis colaboradores. “A venda que ajudou a avó da minha esposa a sustentar a família com nossas comidas típicas e hoje ajuda a seis pessoas que trabalham aqui dentro de uma escala de serviço”, disse Paulo Costa, 45 anos, sócio do empreendimento.
A longevidade do Tacacá de Nazaré, em frente ao colégio Marista, também na avenida Nazaré, com seus 48 anos de existência, indica como a venda de comidas típicas é um ramo que dá certo para várias pessoas. “A venda ajudou minha mãe em mais de 40 anos e hoje tem me ajudado nesses quatro anos que assumi o negócio, após ela ter falecido. Este ramo, apesar da alta dos preços dos produtos, dá certo, embora reconheça que se deve a tradição desse ponto”, declarou Max Pompeu, proprietário.
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Com a pandemia da Covid-19, alguns adotaram o sistema de entrega domiciliar. “Tivemos um período de dificuldades, principalmente no lockdown. Mas, ao mesmo tempo, a pandemia fez a gente ter mais cuidado com a produção dos alimentos e ainda aderimos ao delivery, que tem sido uma opção a mais em nossas vendas”, acrescentou Paulo Costa.
E o Círio de Nazaré, mesmo o evento não ocorrendo nos moldes tradicionais, é sempre uma oportunidade de renda a mais. “Nossas vendas sempre aumentam nesse período”, afirmou Maria da Silva, 40 anos, da venda Raízes da Mandioca, que fica próximo da Basílica Santuário. “Isso vai ajudar a aumentar nossa renda e a de todos os vendedores que sempre conseguiram se sustentar por meio disso”, concluiu.
ORIENTAÇÕES
Para quem pretende empreender é preciso tomar alguns cuidados. “Os principais cuidados são os que envolvem as questões legais e administrativas de funcionamento, que se cumpridos podem até auxiliar o empreendedor a expandir os negócios”, orientou Leda Magno, gerente de relacionamento empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A gerente aconselha que o empreendedor pesquise sobre qual ramo seguir, o que envolve conhecer o tipo de cliente e saber os custos dos investimentos. “O empreendimento não se baseia no que a pessoa gosta, mas no que pode vir a atrair clientes. Isso se faz por pesquisa de mercado, saber meios para conseguir fornecedores, parceiros de negócios, para saber quanto vai investir, para que não venha ter prejuízos”, completou Leda Magno.
No ramo de comidas típicas, atender os protocolos sanitários é aliado adicional para que o negócio prospere. “Nesse ramo, que é tão tradicional na cidade, o empreendedor tem que adotar medidas que vão desde o acondicionamento, a manipulação desses alimentos, que vão refletir na conservação nutricional. Até nisso envolve meios de investimentos que, com certeza, vão atrair mais clientes”, disse.
Procurar legalizar o empreendimento junto aos órgãos fiscalizadores dá o suporte para que o negócio aconteça de maneira livre. “Essas vendas acontecem em espaços públicos, então, requer os códigos de postura para funcionar nas calçadas e praças de maneira legal, além do que envolve usar energia elétrica”, destacou.
“Dar atenção a essas dicas atrai clientes e qualifica o empreendedor a virar uma empresa com a criação de CNPJ, que vai o ajudar a investir de maneira mais ampla concedida a pessoas jurídicas”, concluiu Leda.
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