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Reajuste federal faz gás de cozinha aumentar quase 30%

Somente de janeiro a setembro deste ano, o botijão de 13 quilos sofreu uma série de reajustes, de acordo com levantamento do Dieese/PA. Em algumas cidades paraenses o produto chega a custar aproximadamente R$ 130

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Imagem ilustrativa da notícia Reajuste federal faz gás de cozinha aumentar quase 30% camera O autônomo Mauro Lobato já gastou R$ 215 somente este mês com dois botijões de gás de 13 kg | Ricardo Amanajás

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) divulgou ontem um balanço da trajetória de alta no preço do botijão do gás de cozinha de 13 quilos consumido pelos paraenses e comercializado em postos de vendas de Belém. O Governo Federal aprovou no último dia 8 um novo reajuste no valor do produto. A pesquisa do Dieese tomou como base as informações oficiais da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Segundo o estudo, até o mês passado, o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13 kg estava quase 4% mais caro em relação aos valores médios verificados em agosto deste ano. Entretanto, entre os meses de janeiro e setembro de 2021, o reajuste acumulado no preço do produto alcançou quase 30%, contra uma inflação calculada em 7,21% no período. Com isso, quem recebia até um salário mínimo (R$ 1.100,00) tinha um impacto de quase 10% na compra do gás.

Na casa da funcionária pública Margarida Marques moram três pessoas e, até então, o reajuste no gás de cozinha ainda não impactou no orçamento da família. “Na verdade, tudo está caro, já que estamos vivendo uma crise mundial. Mas falando apenas sobre o preço do gás de cozinha, ainda não sentimos um impacto tão grande. Como moram poucas pessoas em casa, um botijão dura o mês todo, então estamos conseguindo nos adaptar”, disse.

Felipe Sherring é dono de uma revendedora de gás localizada na rua do Utinga, entre as avenidas Almirante Barroso e João Paulo II, no bairro do Marco, e tem adotado estratégias para manter a clientela. Ele vende o gás na porta a R$ 96. “No início do mês de outubro, por ocasião das comemorações do Círio de Nazaré, barateamos o preço do botijão de gás comprado na porta das nossas unidades. Só não conseguimos aplicar o desconto no preço dos botijões entregues nas residências por conta de outros custos envolvidos, como o preço da gasolina, manutenção da moto, entre outros, mas mesmo assim tivemos uma boa procura. Durante esses dias, as vendas até triplicaram. Na segunda-feira passada chegou a formar fila do lado de fora”, contou.

Em outro posto localizado no cruzamento da travessa Angustura com a rua Antônio Everdosa, no bairro da Pedreira, o preço do gás custa R$ 108 na porta. De acordo com o gerente do estabelecimento, Rafael Sousa, a procura pelo produto tem se mantido constante. “Nos últimos dias deu uma caída, mas acredito que seja porque muita gente se preveniu por ocasião do Círio. Aqui estamos mantendo um valor um pouco abaixo da média. Tem lugares que a gente encontra o gás custando porvolta de R$ 120”, disse.

REAJUSTES

O autônomo Mauro Lobato mantém há dois anos um ponto de venda de lanche na travessa Coronel Luiz Bentes, no bairro do Telégrafo. Ele diz que este mês desembolsou cerca de R$ 215 para comprar dois botijões de gás, um para o ponto e outro para a sua residência, e que por conta dos constantes aumentos, precisou também reajustar os valores dos salgados que vende. “Eu acabei de comprar um botijão. Da última vez que comprei estava custando cerca de R$ 90 e hoje me deparei com o novo valor. Assim não tem como manter os mesmos valores das vendas também. Antigamente os salgados eram vendidos ao valor de R$ 1, depois passou para R$ 1,50 e agora o completo está custando R$ 2,50 e tem vezes que o cliente aindapede desconto”, detalhou.

O Dieese/PA destaca que o aumento no preço do gás de cozinha observado na capital nos últimos 12 meses também se estendeu por todo o Pará. Em algumas regiões do Estado, a situação foi bem pior, pois o preço já está em cerca de R$ 130. Para o órgão, a situação é muito preocupante em função da importância do gás de cozinha para as famílias em todo o Estado, que em grande parte estão desempregadas ou tiveram queda de renda enem mesmo conseguiram o auxílio emergencial.

Sequência de altas

Em dezembro de 2020 o preço do produto foi comercializado em média aR$ 80,11. Em janeiro deste ano foi comercializado em média a R$ 82,94. Já em agosto o valor médio era de R$ 99,75 e no mês passado o botijão de gás era comercializado em média a R$ 103,57.

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