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DENÚNCIA

Motorista de App exibe pornografia durante corrida em Belém

Passageira denuncia que saía do trabalho quando tudo aconteceu

Imagem ilustrativa da notícia Motorista de App exibe pornografia durante corrida em Belém camera Denúncia foi feita ao DOL na noite de hoje (21) | JacksonDavid/Pixabay

Está sendo cada vez mais insustentável encontrar um espaço seguro, especialmente quando se é mulher. Esteja dentro de casa ou a caminho dela, carrega-se no peito o sentimento de estar sempre sobressaltada e tensa, sensações negativas que se intensificam especialmente quando se entra em um transporte particular.

Nesse pequeno “espaço móvel”, onde a segurança da passageira deveria ser preservada, é comum ler e ouvir relatos de mulheres que foram submetidas a inúmeros cenários de importunação, assédio e tentativas de estupro.

Belém terá opção para pagar mais e “furar a fila” no Uber

Por isso, não é de se espantar quando muitas entram no veículo pensando na forma mais fácil de escapar, compartilham a corrida ou fingem estar em ligação com alguém, estudam rotas alternativas ou métodos de fuga na esperança de saírem com vida diante de casos pelos quais ninguém deseja passar.

Infelizmente, nem todo o cuidado do mundo é capaz de inibir a ação daqueles que desejam praticar o mal. Na noite desta quinta-feira (21), uma passageira viveu momentos de terror dentro de um carro de aplicativo a caminho da casa onde mora em Belém. No relato feito ao DOL, a jovem conta que o motorista agia de forma suspeita desde o início da corrida.

“Quando eu entrei no carro, ele colocou pornografia passando na tela do segundo celular que ele tinha no painel do carro. Achei que era uma série ou um filme, mas não era. Ele colocou propositalmente pra passar durante a viagem”, diz.

“Chegando no sinal da Antônio Barreto com a doca ele queria cortar caminho pelo posto pra pegar a pista em movimento e eu não permiti”, lembra a passageira já bastante desconfortável.

A vítima disse ter tentado descer do carro e exigido que o motorista cancelasse a corrida, mas teve o pedido negado. “Ele travou o carro. Eu coloquei a mão pra fora e acenei para o frentista me ajudar a sair dali. Sem solução, eu dei um soco na porta dele e, provavelmente, com medo da polícia que tava na outra esquina ele destravou e gritou comigo e arrancou com o carro”.

Sem reação, a vítima contou com a ajuda de trabalhadores que estavam próximos. “Voltei correndo para o lugar da minha partida e comecei a chorar desesperadamente com medo de ter me acontecido algo pior”, desabafa.

OUTRO LADO

Muito abalada, a jovem tenta se recuperar do ocorrido.

Um boletim de ocorrência foi registrado e agora se mobiliza para encaminhar a denúncia à Uber, plataforma responsável pelo motorista que coleciona uma avaliação de 4,93 em um ano e meio de serviços prestados.

Também sobre a empresa, o DOL procurou a Uber para se pronunciar sobre o caso. Em resposta, afirmou que o motorista foi banido da plataforma e que está à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.

"A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e está à disposição das autoridades para colaborar com a investigação, nos termos da lei. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência", diz na nota.

Ressaltou também que disponibiliza ferramentas que possam contribuir para a segurança dos passageiros e que tem se comprometido em combater quaisquer tipos de violência contra a mulher. "Inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo: o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros."

"Desde 2018, a empresa se comprometeu a participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso, que incluem campanhas contra o assédio, podcast educativo para motoristas parceiros sobre violência de gênero e, recentemente, em parceria com o MeToo, anunciamos um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma", finaliza.

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