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PEDIATRAS ALERTAM

Crianças expostas a telas podem sofrer de danos irreparáveis

Projeto “Mil dias sem telas”, da Unimed Belém, busca incentivar o controle de eletrônicos que podem afetar o desenvolvimento do público infantil

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Imagem ilustrativa da notícia Crianças expostas a telas podem sofrer de danos irreparáveis camera Pediatras orientam sobre o risco de exposição às telas para crianças de até três anos | Isac Nobrega - PR

De acordo com especialistas, os prejuízos da exposição excessiva de crianças às telas de tablets, celulares, videogames e TVs são muitos: dificuldade de aprendizagem, dificuldade de interação social, dificuldade de criar vínculos, dificuldade de se adaptar ao meio social e aos desafios que a sociedade impõe e, ainda, prejuízos ao chamado controle inibitório que, de forma simplificada, é a habilidade de controlar respostas impulsivas e esperar a própria vez.

Para promover a conscientização das famílias sobre os riscos causados pela exposição de crianças de até três anos a aparelhos eletrônicos, a Unimed Belém realiza o projeto “Mil Dias sem Telas”, desenvolvido pelos médicos pediatras da Operadora de Saúde. O programa foi lançado na última quarta-feira (27), em evento com os cooperados.

O projeto segue a orientação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que, recentemente, divulgou o manual de orientação “#MenosTelas #MaisSaúde”, elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Saúde na Era Digital, que sinaliza a recomendação de cuidados para crianças e adolescentes em contato constante com tecnologias digitais.

De acordo com o médico Francisco Soares, pediatra da Unimed Belém e idealizador do “Mil Dias sem Telas”, os riscos da exposição das crianças às telas podem ser irreparáveis. Com a iniciativa, os médicos pretendem fomentar uma cultura para reduzir estes déficits e assim evitar que os pequenos tenham que passar por processos terapêuticos no futuro.

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“Os efeitos que as telas causam nas crianças provocam prejuízos para a vida toda. Se os pais não proíbem ou controlam o uso dos aparelhos, os filhos vão crescer com problemas que serão tratados posteriormente em terapias de forma paliativa, pois estas não conseguirão recuperar o potencial cognitivo com o qual a criança nasceu”, aponta.

O especialista destaca que a cerca de cinco anos já orienta as famílias em seu consultório sobre o tema, mas agora o assunto é uma campanha de toda a cooperativa médica. Ainda segundo ele, no início, os pais ficam relutantes com a ideia de tirar as telas dos filhos, já que muitas vezes elas são utilizadas como forma de distração. “De início não há muita receptividade. Temos que explicar e mostrar toda a dinâmica do processo de como os aparelhos apresentam atrasos significativos às crianças. É importante interromper o malefício das telas para dar qualidade de vida a toda família”, explica.

O projeto “Mil Dias sem Telas” compreende o período de até três anos de idade, um ano a mais do que é trabalhado em outras iniciativas. O pediatra Francisco Soares detalha que a Unimed Belém adota este tempo como uma medida mais rígida e igualmente importante para sanar os riscos que os eletrônicos causam à saúde das crianças. “A ideia de estender o público-alvo da campanha é com a intenção de potencializar os resultados. Todo o projeto é embasado em estudos científicos. Estamos assumindo uma postura mais radical acreditando na conscientização das famílias”, conclui.

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