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Projeto de exploração de ouro preocupa ativistas no Xingu

Movimentos sociais de Altamira e região chamam atenção para o que consideram um "desastre ambiental e social" anunciado. Manifestante protestaram na quinta-feira (4) contra a empresa Belo Sun.

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Imagem ilustrativa da notícia Projeto de exploração de ouro preocupa ativistas no Xingu camera Movimento Xingu Vivo

Movimentos sociais do município de Altamira no interior do Pará promoveram, na última quinta-feira (04/11), um ato conta a instalação da mineradora canadense Belo Sun nas proximidades do Rio Xingu. A empresa Belo Sun Mineração Ltda., subsidiária brasileira da Belo Sun Mining Corporation, pertencente ao grupo Forbes & Manhattan Inc., um banco mercantil de capital privado.

O projeto "Projeto Volta Grande" de exploração de ouro está localizado a apenas 10,7 km da barragem principal da Usina Hidrelétrica Belo Monte, de forma que praticamente toda a área de influência se encontra sobreposta à Área Diretamente Afetada (ADA) da usina.

Projeto de exploração de ouro preocupa ativistas no Xingu
📷 |Movimento Xingu Vivo

De acordo com os manifestantes do Movimento Xingu Vivo, a empresa está ameaçando centenas de famílias com a expulsão de suas residências. Além disso a exploração no a região pode causar uma tragédia ainda maior que Belo Monte.

Projeto de exploração de ouro preocupa ativistas no Xingu
📷 |Movimento Xingu Vivo

O Projeto pretende ser a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil e estima a retirada de 117,83 toneladas do minério, com previsão de 2 anos para a implantação, 12 anos de produção, 2 anos para fechamento e 8 anos para o monitoramento e descomissionamento final, totalizando 24 anos.

Projeto de exploração de ouro preocupa ativistas no Xingu
📷 |Movimento Xingu Vivo

Segundo os ambientalistas, a barragem de rejeitos do Projeto Volta Grande é de maior risco socioambiental. Devido a uma mistura entre água e sólidos moídos, que forma uma espécie de lama cujo volume chegará a 35 milhões de metros cúbicos e todo esse material não pode ser descartada na natureza. Além disso, a possibilidade de rompimento dessa barragem, que não foi desenhada sob nenhum critério de segurança sísmica.

Atualmente, a licença de instalação de Belo Sun, outorgada pela SEMAS, está suspensa pelo TRF1 em função de impactos nos territórios indígenas.

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