Uma das muitas tradições de fim de ano é aproveitar o 13º salário para tentar sanar algumas dívidas contraídas ao longo dos últimos 12 meses. Só que se isso já exige alguns cuidados e até mesmo um passo a passo bem definido em épocas, digamos, normais, e mais ainda em um período atípico, de muitas dificuldades financeiras e em meio a uma pandemia.
13º salário: veja a melhor forma de usar seu dinheiro
Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) divulgado esta semana, o 13º Salário de 2021, que legalmente deverá ter a primeira parcela paga até do dia 30 deste mês, deverá injetar na economia do Estado do Pará aproximadamente R$ 4,5 bilhões de reais, beneficiando quase duas milhões de pessoas entre trabalhadores do mercado formal (inclusive domésticos) e os pensionistas e beneficiários da Previdência.
Ainda segundo o levantamento, uma parte considerável desta primeira parcela acabará destinada ao pagamento de dívidas, e o restante deverá ir direto para ao consumo. O especialista em Finanças, Joe Neris, dá com uma dica que pode fazer a diferença na hora de pensar no que fazer: saber a diferença entre dívida - contas mensais de consumo, como água, energia, supermercado - e inadimplência - dívidas não pagas que vão parar nos órgãos de proteção ao crédito.
Auxílio Brasil: veja o calendário de pagamentos!
“Identificado isso, há necessidade da pessoa relacionar seus débitos. Para enxergar como está sua situação e montar uma estratégia de quitação. Essa parte parece fácil. Porém, é a mais difícil, por conta da mente humana, que resiste ao enfrentamento de problemas”, afirma.
Depois disso, fazer seu orçamento. Quanto tem de dinheiro para quitar. E distribuir esse valor para suas pendências financeiras”, orienta ele. As opções incluem negociar em parcelas aquilo que não se consegue pagar à vista - nesse período de fim de ano são muitas promoções de negociação de débitos. Fazer um orçamento mensal também é de suma importância, até mesmo para se conseguir dar conta do que foi negociado. “Estudar para desenvolver pensamentos e hábitos saudáveis no que diz respeito a educação financeira é muito válido. Hoje a internet está recheada de conhecimento gratuito sobre o assunto”, indica Joe.
“FEIRÕES” SÃO SEGUROS?
Os chamados “feirões limpa-nome” são ótimas oportunidades de se livrar daquela dívida que tirou seu crédito na praça. Esse tipo de programação é feita dentro da plataforma do Serasa, e por meio de um login e senha é possível verificar as ofertas disponíveis. A máxima é sempre a mesma: vale a pena pechinchar, pedir corte de juros e sempre acordar um valor que caiba no orçamento mensal.
“Caso sua pendência não esteja elencada lá, busque contato com a empresa que deixou de pagar e tente uma negociação direta. Com relação à golpes, evite clicar em links que chegam pelos aplicativos de comunicação. Prefira ligar direto para a empresa credora”, recomenda o especialista.
NEGOCIE!
Vai negociar sua dívida? Vale a pena ir para a mesa de negociação com esses pontos em mente:
Saber negociar e fazer uma boa negociação é fundamental. Não dá pra engolir o que o recebedor quer.
Você tem que colocar suas condições de pagamento, respeitando sua capacidade econômica. Não fazer acordos que não vai cumprir.
Pense bem, você tem um objetivo, que é organizar sua vida financeira.
Use todas as possibilidades para isso acontecer, mas respeite sua capacidade de pagamento. Não faça acordos absurdos.
Para conseguir bancar os acordos, você já deve ter feito um apanhado de todos os débitos e feito um orçamento de como e quanto pode honrar por mês em cada negociação.
Dependendo do desconto, pode pensar em fazer um esforço a mais para quitar algum débito à vista, já que nesse período há muitos descontos atraentes para quitação integral.
Pense na possibilidade de fazer uma renda extra que vai te ajudar a regularizar essas pendências.
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