As comuns e intensas chuvas do chamado período de “inverno amazônico”, que normalmente inicia em dezembro e termina em março, requerem uma atenção redobrada dos condutores de veículos. Durante esse período do ano, as vias alagadas se tornam um perigo que podem camuflar buracos e resultar em variados prejuízos financeiros aos condutores, além dos riscos de acidentes.
Mas os problemas não param por aí. De acordo com o instrutor técnico em mecânica automotiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Luís Eduardo Pinto, trafegar por vias submersas não deve ser uma opção, sobretudo, porque existe a possibilidade de o motor do veículo aspirar a água da rua, o que pode danificar seriamente esse sistema mecânico do carro.
“O veículo consegue suportar até uma determinada quantidade de água, mas ele não foi projetado para isso. Como moradores de Belém, já sabemos quais regiões são propícias a alagamentos. Então, o recomendado é traçar uma nova rota do que passar por um local alagado. Mas se a pessoa não conhece e se deparar com essa situação, ela precisa adotar alguns cuidados como: verifique o veículo à sua frente. Se o nível de água ultrapassar a metade da roda do veículo, vou saber que não devo passar”, orienta Luís.
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Caso o condutor observe que o nível de água está abaixo da metade da roda e opte arriscar por passar na área alagada, é necessário adotar algumas medidas como manter uma velocidade baixa e não fazer a troca de marcha. Nesse caso o ideal é seguir na primeira marcha, que é a de força. O condutor também não deve frear o veículo. O objetivo é não criar “marolas” quando estiver passando pelo local.
“Depois de passar em uma área alagada é interessante levar o carro à oficina para verificar se o veículo aspirou água e se não contaminou os óleos da caixa de marcha e do motor. Caso o carro estanque é extremamente importante não tentar funcionar. Desça do carro e empurre-o para fora do alagamento. Se acontecer de o motor ‘bater’, o condutor vai precisar fazer a substituição e verificação do conjunto móvel do motor. É a parte mais cara do veículo. A gente estima um prejuízo acima de R$ 10 mil”, pontua.
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