Crimes contra o patrimônio público são especialmente complicados, pois desviam recursos fundamentais a toda a população e causam danos em toda a sociedade. Esses atos são ainda piores quando realizados por pessoas que deveriam atuaar a serviço do povo, como políticos.

O Ministério Público do Pará (MPPA) instaurou inquérito para investigar supostas fraudes no procedimento licitatório da construção da Escola Dois de Março, localizada na Comunidade Paraíso, em Juruti, na região do Baixo Amazonasm, além de possíveis danos ao erário e enriquecimento ilícito envolvendo o ex-prefeito Manoel Henrique Gomes Costa. O inquérito ainda investiga a participação da Chefe de licitação, Varluce Augusta dos Santos, e a empresa Tupaiu Construções e Serviços Ltda.

As investigações requeridas pelo Promotor de Justiça Osvaldino Lima de Sousa visam esclarecer pontos duvidosos nos contratos entre a Prefeitura de Juruti e a empresa responsável pela obra durante o mandato de Henrique Costa, além de responder algumas dúvidas sobre o caso, como se a Lei de Licitação foi respeitada e se houve direcionamento da licitação para a empresa Tupaiu Construções e Serviços Ltda. A denúncia foi encaminhada para o Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção.

A mesma empresa foi investigada na Operação Perfuga, iniciada em 2018 pela Superintendência de Polícia Civil do Baixo Amazonas, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP). De acordo com a Polícia Civil, estima-se que o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 1 milhão.

A Escola Municipal Dois de Março foi entregue em julho de 2021, pela atual gestão da prefeita, Lucida Batista. Além do abandono do prédio, a gestão anterior deixou uma dívida de R$ 212.054,21 a empresa contrata para realizar a obra.

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