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ANIVERSÁRIO

Belém completa 406 anos de histórias e transformações

O caderno especial do Diário do Pará conta a história e muitas coisas boas da cidade das mangueiras.

Imagem ilustrativa da notícia Belém completa 406 anos de histórias e transformações camera O Ver-o-Peso é o símbolo histórico do centro da cidade de Belém. | Irene Almeida/Diário do Pará

Belém comemora 406 anos nesta quarta-feira (12) em processo de expansão urbana, mas ainda carecendo de valorização social e do patrimônio para que possamos continuar tendo orgulho da nossa metrópole da Amazônia. O Diário do Pará preparou um caderno especial para contar um pouco da história, turismo, obras, tradição, áreas de lazer e muito mais. Confira!

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Distritos se tornaram opções de passeio e moradia

Ao longo do desenvolvimento urbano de Belém, Icoaraci, Outeiro, Cotijuba e Mosqueiro viraram locais de lazer graças às belezas naturais e proximidade da capital. E moradores dizem que não trocam por nada território

Mais do que o movimentado centro urbano, o território de Belém é composto por distritos administrativos que são importantes opções de lazer, principalmente, nas férias ou finais de semana, além de moradia de boa parte da população da capital. Apesar de distantes do núcleo inicial da cidade, Icoaraci, Outeiro, Cotijuba e Mosqueiro são localidades que ajudam a compor a história e o rico território belenense.

Com acesso rápido pela avenida Augusto Montenegro, o distrito de Icoaraci nem sempre esteve tão próximo do centro urbano de Belém. Ainda no século XIX, o distrito era conhecido como Vila de São João de Pinheiro e tinha um cenário marcado pelo verde e pela grande praia que se estendia, sem grandes edificações.

Não é à toa que, ainda hoje, é possível ver algumas construções cuja arquitetura remete a casas de veraneio. A partir da metade do século XIX até o início do século XX, as famílias mais conhecidas de Belém realmente mantinham casas de veraneio no distrito de Icoaraci. Fluxo que intensificou após a inauguração, em 1906, da antiga Estação Pinheiro, um ramal da Estrada de Ferro de Bragança que funcionava em via dupla a partir de trilhos vindos da Europa. Ainda hoje, é possível visitar a antiga estação, localizada na rua Padre Júlio Maria. Com a nova forma de acesso à vila localizada a 25 km ao norte da capital paraense, as famílias belenenses passaram a frequentar mais

assiduamente o local.

O que os visitantes encontram, hoje, porém, é um cenário bastante diferente, com estrutura de restaurantes de diferentes tipos ao longo da orla. É na orla, também, que os visitantes se deparam com parte das peças de cerâmica produzidas pelas comunidades de Icoaraci no bairro do Paracuri, um polo da cerâmica no Pará. Na Feira de Artesanato do Paracuri é possível encontrar tanto peças utilitárias, como decorativas com motivos que recebem influência das cerâmicas marajoara e tapajônica, dentre outras.

Moradora do Paracuri, a artesã Carmem Nunes da Rocha, 62 anos, trabalha com a cerâmica há pelo menos 26 anos e não esconde o orgulho por ajudar a manter viva a cultura do povo icoaraciense. “Todo mundo que vem aqui na Feira do Artesanato se encanta pela nossa cerâmica e por Icoaraci, pela praia, pela orla que está tão bonita, pelas ilhas”, comenta. “Nós temos o pôr do sol que é um dos mais bonitos que eu já vi”.

OUTEIRO

Beleza natural também não falta na chamada Ilha de Caratateua, a famosa Ilha do Outeiro. Outro distrito administrativo de Belém, Outeiro é destino certo de muitos belenenses durante as férias e feriados prolongados. Entre as atrações mais visitadas, estão a Praia Grande, a Praia do Amor e a Praia da Brasília.

Há 38 anos o garçom Sebastião Fernandes tem o belo cenário da Praia do Amor como o seu local de trabalho. Durante 16 anos, ele não apenas trabalhou no distrito de Outeiro, como também morou. Hoje, apesar de residir em Belém, se desloca à ilha de Caratateua frequentemente para trabalhar. “Outeiro é muito bom. Para mim, a Praia do Amor é a melhor de todas”, avalia. “Eu sempre trabalhei aqui e gosto bastante mesmo”.

No cenário distante do fluxo intenso de veículos é até difícil imaginar que se está dentro de um núcleo urbano e movimentado de Belém. A proximidade da Ilha de Outeiro com o centro da capital é uma das vantagens destacadas pelo marisqueiro Cleber Brito, 35 anos. “A gente sempre veio muito em Outeiro. Paramos de vir por um tempo, mas estamos voltando a frequentar. O bom é que é perto de Belém”, considera. “Eu considero Outeiro como um ponto turístico de Belém mesmo, eu costumo trazer muitas pessoas para conhecer aqui a ilha do Outeiro”.

MOSQUEIRO

Outra das 42 ilhas em compõem Belém, Mosqueiro é marcada por uma relação de nostalgia que costuma tomar quem frequenta o distrito há bastante tempo. Antes da construção da ponte Sebastião R. de Oliveira, que é a principal via de acesso para o distrito de Mosqueiro, a chegada à ilha se dava apenas por navio. Hoje, com o acesso rodoviário facilitado, o distrito ganhou configuração de cidade e continua a atrair visitantes frequentes, sobretudo aos

finais de semana.

Apesar de os 17 km de praias de água doce ainda serem o principal atrativo turístico, a ilha também conta com uma arquitetura própria que ajuda a contar parte de sua história. Uma dessas construções que segue preservada até hoje é o Hotel do Farol, tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará desde 2004. De acordo com informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Hotel do Farol data de 1930, quando Zacharias Mártyres e Adelaide de Almeida o construíram com a ideia inicial de abrigar um cassino. Já na década de 1940, porém, o casarão passou a abrigar o hotel que foi muito frequentado por oficiais estrangeiros durante o período da Segunda

Guerra Mundial.

Parte da história da ilha também é contada através de seu próprio nome. A historiografia relata que a denominação Mosqueiro faz referência à prática do moqueio de caça e pescado, técnica de conservação de alimentos utilizada pelos indígenas da etnia Tupinambá, que habitaram a região originariamente.

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