O transporte público é de uma importância para que as pessoas possam se locomover, seja para o trabalho ou algum compromisso. No entanto, a manhã desta segunda-feira (17) pode ser de dor de cabeça para alguns usuários de ônibus coletivo de Belém.
O motivo é que os rodoviários da empresa Transcol, localizada na avenida Presidente Costa e Silva, no bairro do Tapanã, resolveram cruzar os braços. Com isso, a linha Pratinha - Presidente Vargas, está temporariamente paralisada.
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De acordo com informações, os funcionários paralisaram as atividades por atraso de dois meses de salário, quatro meses de ticket alimentação, além de atraso no 13º e férias.
Com a paralisação, cerca de 5 mil usuários do transporte público serão afetados nesta manhã.
Ainda segundo os quase 20 trabalhadores, a linha Pratinha - Presidente Vargas, onde a empresa opera, tem cinco veículos sem condições de uso.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Pará estão no local para intermediar as negociações.
"Essa empresa não tem a mínima condição de atender a população, ela tem só cinco ônibus. Além disso, a empresa está há 4 meses sem pagar o vale alimentação, dois meses com os salários dos trabalhadores atrasados e não pagou o décimo terceiro. Já pedimos para a Semob tomar algumas providências contra essa empresa, inclusive a perda da permissão de circular", destacou o presidente do sindicato, Altair Brandão.
Em nota, a Setransbel informou que: "a paralisação de hoje é reflexo do desequilíbrio financeiro que todas as empresas têm passado e do descaso com o setor, que tem como única fonte de receita a tarifa.
O Setransbel ressalta que o sistema de transporte hoje não tem condições sequer de capacidade de pagamento aos custos atuais. Com a inflação em disparada, os gastos com o diesel, por exemplo, aumentaram 59%, custos esses que somados aos salários correspondem a 80% dos custos operacionais. E que, ainda assim, foram concedidos dois aumentos salariais (5,07% em maio/2019 e 2,5% em outubro/2021), sem qualquer repasse na tarifa que segue sem reajuste há mais de 30 meses.
Por fim, o Setransbel se solidariza ao momento atual da economia, entretanto, o colapso financeiro das empresas do setor no Brasil é iminente, em especial nas cidades onde o sistema é custeado exclusivamente pela receita auferida pelo pagamento da passagem, como ocorre no município de Belém e Região Metropolitana".
O DOL também entrou em contato com a Semob que em nota informou que: "a empresa vem sendo autuada até que sejam normalizados os serviços oferecidos à população.
A Autarquia determinou também que, para não deixar os usuários do transporte público desassistidos, entrou em contato com a gerência da empresa Nova Marambaia, a qual disse que a frota da linha 638 Pratinha-Presidente Vargas será reforçada para atender a demanda até o fim da paralisação".
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