Novos depoimentos prestados à Polícia Civil têm contribuindo para a compreensão de como se deu o acidente com a ponte Enéas Martins, a ponte de Outeiro, que conecta a Ilha de Caratateua e o distrito de Icoaraci, em Belém. Pescadores artesanais relataram que a colisão entre a embarcação e o pilar não foi frontal. A balsa, que estava carregada de madeira, teria batido pela lateral e raspado a pilastra, que inclinou antes de ruir.
Segundo as novas testemunhas, no intervalo de tempo entre o choque e a queda da estrutura, a balsa teria se afastado da ponte em velocidade considerável e adentrado ao Rio Piraíba, onde a navegação não é comum quando a maré está baixa.
Uma ribeirinha, que também prestou depoimento na condição de testemunha, viu o momento em que a pilastra caiu na água e que isto aconteceu depois da passagem da embarcação. “Foi num intervalo de 20 minutos”, disse em depoimento.
Um marítimo que prestou depoimento, anteontem (18), na Delegacia Fluvial, também afirmou que o pilar não caiu no momento da colisão entre a balsa e a estrutura, mas depois.
A balsa suspeita de ter sido a causadora do acidente foi apreendida pela Polícia Civil e passou por perícia para verificar se os danos que ela apresenta são compatíveis com as do acidente com a ponte. Toda a tripulação prestou depoimento.
Imagens da câmera de segurança desta embarcação já estão sendo analisadas e periciadas, assim como os vídeos coletados das câmeras de monitoramento das empresas que ficam ao longo do Rio Maguari, no perímetro próximo a ponte.
A estrada para Outeiro continua obstruída, em decorrência da interdição da ponte. O transporte de veículos e moradores tem sido feito por meio de navios, lanchas e balsas disponibilizadas pelo Governo do Estado. O serviço é gratuito. Confira os horários da travessia de navio clicando aqui.
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