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PATRIMÔNIO

Casarões de Belém precisam de revitalização urgente

Descaso das últimas gestões reflete até os dias de hoje, com parte da história da cidade correndo risco de se perder e ficar só na memória

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Imagem ilustrativa da notícia Casarões de Belém precisam de revitalização urgente camera O suntuoso Palacete Pinho necessita de cuidados. | IRENE ALMEIDA/ DIÁRIO DO PARÁ

Distribuídos em várias partes da capital paraense, os casarões antigos remontam a história da cidade e do próprio povo belenense. Mas, ao percorrer algumas áreas onde os imóveis foram erguidos, é possível observar que essa história está se esvaindo ano após ano, devido à ação do tempo somada à falta de zelo das últimas gestões do poder público, no sentido de preservar os espaços físicos e, consequentemente, resguardar a memória e a importância desses patrimônios.

Abandonado há muitos anos, parte do antigo prédio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), situado na Avenida Almirante Barroso, esquina com a Travessa Enéas Pinheiro, no Marco, desabou no dia 13 de janeiro deste ano. O imóvel segue isolado com tapumes, contudo, olhando de fora, é possível verificar que a estrutura está seriamente comprometida e deteriorada.

Quem conhece o imóvel se entristece com o grau de abandono. É o caso da vendedora ambulante Mara Dias, 51, que transita diariamente por aquele perímetro. “Passei aqui no dia em que desabou. Fico muito triste porque uma construção dessa tão grande poderia estar ajudando a população de alguma forma, mas está aí, abandonado. Deveriam restaurar para prestar algum tipo de serviço. Fora que também fica muito visado por moradores de rua e assaltos”, disse.

SEM IDENTIDADE

Erguido em uma das principais áreas turísticas da capital, que marcou o início da cidade de Belém, com vista para a Baía do Guajará, e que abriga espaços como a Casa das Onze Janelas, o Forte do Castelo, o Museu de Arte Sacra, a Igreja de Santo Alexandre, a Catedral Metropolitana de Belém, além de prédios comerciais e residências, o antigo prédio que há cerca de 10 anos era sede da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), na Rua Pe. Champagnat, na Cidade Velha, hoje dá lugar a um imóvel totalmente descaracterizado.

O prédio perdeu a sua identidade: a fachada está completamente deteriorada, há plantas crescendo nas paredes, limo, janelas quebradas e, através dos buracos, nota-se também que o imóvel está em situação precária na área interna. Trabalhando naquela área há 15 anos, o taxista Júlio Martins, 64, lembra que na época em que foi sede do órgão municipal o prédio era bem cuidado e possuía uma importante funcionalidade. Mas tudo isso ficou para trás.

“Teve um tempo que entrava morador de rua, fecharam as entradas, aí parou. Onde tem essas colunas de tijolos eram portas de madeira trabalhadas. Qualquer paraense fica triste com isso. Infelizmente, Belém tem muitos problemas assim, de prédios abandonados. E a gente espera que o mais breve possível o poder público dê uma destinação para isso”, ponderou. “A gente quer que o turista leve uma boa impressão da cidade, mas eles fazem comentários que a gente não deixa de concordar, porque é um patrimônio público”, acrescentou o morador do Jurunas.

PALACETE PINHO

Outra situação de abandono que chama a atenção é a do Palacete Pinho, imóvel situado na Rua Doutor Assis, também na Cidade Velha. O suntuoso prédio ficou no passado. De longe é possível observar o mato crescendo na fachada. Muitas vidraças e janelas estão quebradas, assim como a estrutura frontal. O piso está tomado pelo limo e o prédio segue fechado há muito tempo, sem utilidade. O local também costuma sofrer invasões, conforme relatou o autônomo Elivan Andrade, 48, que presta serviços naquela área do bairro.

“Deveria ser reformado e reutilizado. Não adianta só reformar e deixar aí. Tem que ter uma atividade, alguém cuidando, dando manutenção. Dá para fazer muita coisa aí”, analisou o maranhense, que reside no bairro do Jurunas.

Casarão que desabou na Almirante
📷 Casarão que desabou na Almirante |IRENE ALMEIDA/ DIÁRIO DO PARÁ

NOTA

PREFEITURA ESTÁ EM BUSCA DE RECURSOS

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad), informou que “inúmeros prédios encontrados pela atual gestão em situação de abandono passaram por vistorias feitas pela Defesa Civil nos últimos meses - tudo acompanhado de perto por gestores municipais”.

A nota diz ainda que “a gestão municipal está buscando recursos junto a agentes financeiros para o início das obras de reparo no espaço em questão (antigo prédio da Fundação Papa João XXIII - Funpapa) e de outros espaços públicos”.

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