Olhares curiosos de adultos e crianças sob os projetos desenvolvidos por alunos da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, em Belém, no bairro da Terra Firme, marcaram o início da “I Caravana da Ciência e Tecnologia do Pará”. O projeto desenvolvido por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Secret), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), vai apresentar um vasto acervo de experimentos para 28 escolas técnicas e tecnológicas de todo o Estado.
Quem visitou o primeiro dia da caravana na capital teve a oportunidade de aprender um pouco mais sobre tecnologia e sustentabilidade ambiental, através de oficinas, cursos, palestras, exibição de documentários, workshops e também, dos experimentos realizados por alunos da Eetepa. A maquete de um vulcão mostrando as reações químicas de uma erupção, robôs, experiência de realidade virtual e até mesmo um foguete que decola usando apenas água e a pressão do ar, são alguns dos trabalhos expostos na escola.
“O mundo vive uma revolução. E a palavra revolução ensina que se destrói uma maneira de comportamento para construir outra. As profissões que esses alunos vão encontrar no século XXI são profissões completamente diferentes. A gente vê o surgimento de novas profissões e o desaparecimento de outras. Essas novas falam de impressora 3D, realidade virtual, robótica, internet, ciência e conhecimento”, disse o professor da UFPA e coordenador do projeto da caravana, Iury Santiago.
De acordo com o professor, a caravana pretende duas coisas: “A primeira é fazer com que a comunidade ao redor daquela escola se aproprie desse ambiente escolar, participe das rotinas, e que a gente possa desmistificar que educação, ciência e tecnologia é algo distante. A segunda é dar oportunidade para esses meninos e meninas terem contato com essa nova realidade que eles vão enfrentar no trabalho logo quando saírem daqui”, completou.
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PRESERVAÇÃO
Os alunos Ronald Ferreira, 17, e David Santos, 18, levaram para a quadra da escola uma simulação, mostrando o que acontece com o solo quando uma área é totalmente desmatada. “Esse é um momento em que a gente pode mostrar, na prática, que é preciso que a população tenha essa conscientização sobre a importância da preservação dos solos e do meio ambiente como um todo”, contou David. “Vale ressaltar que, sem os nossos biomas naturais não há vida. E foi isso que nos impulsionou a criar esse experimento mostrando como ocorre uma erosão hídrica do solo. Um processo de desgaste lento, mas que traz grandes impactos para toda a sociedade. Por isso, é essencial a gente conscientizar o máximo as pessoas sobre esse assunto”, frisou Ronald.
A pedagoga Inez Medeiros, que visitou o espaço com jovens do “Projeto Barca Literária”, que funciona na comunidade da Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, parabenizou a iniciativa. “É sem dúvidas um projeto que alimenta muito o imaginário e que faz as crianças e jovens valorizarem diversos experimentos que eles estão tão próximos no dia a dia. Essa também é uma chance para, quem sabe, despertar interesses e desejos por uma dessas profissões que podem ser exercidas por eles no futuro.”
Serviço completo
No total, a Caravana da Ciência e Tecnologia vai passar por 11 Eetepas em Belém, duas em Marituba, duas em Santarém e uma unidade visitada em cada uma das seguintes cidades: Ananindeua, Benevides, Castanhal, Cametá, Curuçá, Itaituba, Monte Alegre, Oriximiná, Paragominas, Salvaterra, Santa Izabel do Pará, Tailândia e Vigia de Nazaré.
Os eventos em cada instituição terão duração de cinco dias.
A ideia é proporcionar uma experiência técnico-científica até então inédita em muitas das cidades visitadas e democratizar ainda mais o acesso ao conhecimento.
Na Eetepa Dr. Celso Malcher, a programação vai até o próximo sábado (12), no horário das 9h às 17h.
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