Estudos de geofísica espacial ou pesquisas que envolvam a evolução do campo no núcleo da Terra: questões, aparentemente, complexas para muitos são frequentemente discutidas e objetos de análise de cientistas em uma pequena ilha, cujo acesso se dá por um dos distritos mais populosos da capital paraense: Icoaraci.
A ilha misteriosa sob Mosqueiro: a natureza que encanta
É através da querida Vila Sorriso, depois de cumprir uma breve travessia de barco, cerca de 30 minutos, que pesquisadores têm acesso à Ilha de Tatuoca, conhecida por ser um dos dois pontos brasileiros de captação magnética da Terra e responsável também pela medição dos seus fenômenos geofísicos.
Nela está instalado um observatório magnético, atualmente coordenado pela pesquisadora Grantee Katia Pinheiro do Serrapilheira, e que pertence ao histórico Observador Nacional que foi criado em 1827 por Dom Pedro I.
“Em 2012 registramos em Tatuoca a passagem do Equador magnético, onde o campo é completamente horizontal”, conta Pinheiro. “A consequência é a formação de intensas correntes elétricas na ionosfera a cerca de 100 km de altitude. Este fenômeno é importante tanto para estudos de geofísica espacial quanto para pesquisas envolvendo a evolução do campo no núcleo.”
Ninguém habita a ilha, permitindo que as captações e as análises sejam feitas sem interferências. Outra curiosidade sobre Tatuoca é que não se pode entrar no observatório com itens que tenham metal, a exemplo de brincos, cintos, cordão, entre outros, do contrário poderão criar interferência durante as análises.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar