Dados da segurança pública mostram urgência para debate do racismo no Brasil. Segundo o  Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1-.291 casos de injúria racial foram registrados em 2020. 

Lideranças comunitárias, entidades de classes e movimentos sociais se reuniram em mais um protesto nesta sexta-feira (18), para denunciar o racismo sofrido por Nilza Sacramento Corrêa, de 81 anos, dentro de um supermercado da rede Cidade, localizado na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, em Belém, na última sexta-feira (11).

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A manifestação foi realizado em frente ao supermercado. Com placas de "racistas não passarão", os manifestantes expressaram revolta e indignação pelo ocorrido com a líder comunitária.

Marquinho, que presenciou o crime, destacou que “isso ocorre todos os dias nos supermercados de Belém". Segundo ele, desta vez, "não vamos deixar pra lá, onde uma mulher preta, idosa, foi submetida a um ato de racismo nessa rede de supermercado".

Relembre o caso 

Na última sexta-feira (11), a idosa, conhecida também como Dona Nastácia, denunciou que estava pesquisando os preços das flanelas no supermercado, mas acabou não escolhendo nenhuma. No entanto, ao sair do local, ela teria sido abordada por um segurança que, imediatamente, disse que ela teria furtado o objeto.   

Nilza Sacramento Corrêa, líder comunitária, denunciou ter sido vítima de racismo.
📷 Nilza Sacramento Corrêa, líder comunitária, denunciou ter sido vítima de racismo. |Reprodução

Ainda segundo a idosa, uma revista foi sido feita em sua bolsa e nada foi encontrado pelo segurança, o que gerou uma grande confusão no local. Tia Anastácia é bastante conhecida no bairro por seu envolvimento com o Carnaval e outros eventos populares.

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