A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe iniciou nesta segunda-feira (4). Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80 milhões de doses da vacina Influenza trivalente estarão disponíveis no Sistema único de Saúde (SUS) e devem imunizar 76,5 milhões de pessoas até o dia 3 de junho, data prazo prevista para o encerramento da vacinação. O imunizante utilizado é produzido Instituto Butantan e eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e Influenza tipo B.
Vacinação contra a gripe começa hoje em todo país
A vacinação nacional está dividida em etapas. Na primeira, que ocorre do dia 4 de abril ao dia 2 de maio, os idosos com 60 anos ou mais e os trabalhadores da área da saúde serão vacinados. Já na segunda etapa, que começa no dia 3 de maio e vai até 3 de junho, o público-alvo são as crianças de seis meses a menores de cinco anos, além de gestantes, puérperas, povos indígenas, professoras, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, membros de forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa e pessoas privadas de liberdade.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), nesse primeiro momento, a vacina é destinada aos idosos acima de 80 anos. O dia “D” de mobilização contra o vírus ocorrerá no dia 30 de abril. Na ocasião serão vacinadas as crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. Para se imunizar é preciso apresentar RG, CPF e comprovante de residência de Belém.
Segundo a infectologista Andrea Beltrão a vacina contra a gripe disponível atualmente protege das variantes mais resistentes do vírus Influenza, conhecidas como H1N1, Influenza tipo B e H3N2, essa última a responsável pelo surto de gripe que afetou a população belenense no final do ano de 2021. A médica explica que a vacinação é anual devido ao período de adoecimento da população em relação ao vírus e, por isso, é uma ferramenta importante para proteger contra a gripe, que pode até causar um quadro grave de infecção respiratória.
“A importância da vacinação nesse momento é porque a influenza também causa doenças graves, principalmente em uma população mais restrita, como os idosos, hipertensos, diabéticos. Mas é bom que mesmo que as pessoas que não forem desse grupo de risco se vacinarem para não levar o vírus para dentro de casa e contaminar as pessoas que fazem parte do grupo de risco, podendo até irem para a UTI”, alerta Andrea Beltrão.
A administração da vacina em conjunto com a reposta do sistema imunológico de cada organismo é o que vai garantir a proteção contra os sintomas severos da infecção, conforme o que diz a infectologista. “A vacina vai não é tão novidade quanto a da Covid, por exemplo. Então você já tem uma reposta ao Influenza, mas ela vai reforçar naquela cepa mais resistente e o organismo vai responder ao antígeno, o vírus, e você vai produzir anticorpos. É como se viesse uma bomba, que é o vírus, e a gente mandasse os soldados para combater aquela invasão”, esclarece Beltrão.
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