Juliano Garcia tem fazenda em Paragominas para a plantação de soja, milho, gergelim e feijão, entre outras culturas que absorvem mão de obra. “A empregabilidade no setor de agricultura é grande. Na época da colheita contrato caminhões e os caminhoneiros são beneficiados. Caso as máquinas precisem de manutenção, também favorece o pessoal da cidade, nas lojas e oficinas. Além de empregar as pessoas no campo, também aumenta o número de empregos em outros segmentos indiretamente”, pontua.
O segundo mês de 2022 teve alta na empregabilidade para o setor agropecuário paraense. No período, foram registradas 2.499 admissões contra 2.054 desligamentos, gerando um saldo positivo de 445 postos de trabalho. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, compilados no Observatório do Trabalho do Estado do Pará, parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
Os dados acompanham o histórico dos últimos 12 meses com crescimento nas vagas formais na agricultura, beneficiando pessoas como Cícero Pereira de Brito, 48 anos, que atualmente é vaqueiro em uma fazenda em Marabá. “Estava sem emprego há mais de um ano, mas consegui trabalho há alguns meses. Meu vínculo com a empresa é muito bom. Quando vem o desemprego fica muito difícil pra tudo. Já quando se está empregado, dá para saber de onde tirar o dinheiro para a despesa do mês. Eu calço, visto, pago energia e faço tudo baseado na minha renda agora”, comemora.
O impulsionamento do setor aparece também na análise sobre a região norte, com o total de 5.023 admissões contra 3.911 desligamentos, gerando um saldo positivo de 1.112 postos de trabalho formais. O Pará lidera a lista, em seguida vem o Tocantins com saldo de 401 postos de trabalho, e depois por Roraima com 117, em fevereiro de 2022.
Nos últimos 12 meses (março de 2021 a fevereiro de 2022), a flutuação dos postos de trabalho na agropecuária registrou 24.674 admissões, contra 19.408 desligamentos, com a geração de 5.266 postos de trabalhos, o maior número da região norte.
Para Lucas Vieira, secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), o crescimento é reflexo da força do setor no estado em parceria com ações de órgãos estaduais. “Isso é um recorde aqui no estado, somos o primeiro da região norte a gerar o maior número de postos de trabalho. Esse recorde já tinha sido alcançado no ano passado e mais uma vez se repete este ano. Isso mostra a força do agronegócio e as diversas ações do Governo do Estado vem tomando seja através da Secretaria de Agricultura, da Emater, Adepará, Iterpa, de todos os órgãos que juntos trabalham para o fortalecimento da agricultura do estado vem gerando resultados cada vez mais positivos”, pontua.
O secretário destaca ainda os investimentos para o fortalecimento de cadeias produtivas conforme as vocações dos municípios. “Temos cadeias altamente consolidadas, como a soja, o milho, a pecuária, o açaí e queremos, cada vez mais, aumentar essas cadeias produtivas seja em investimentos em infraestrutura, logística em capacitações, mecanização do campo para que possamos ter uma agricultura mais forte e assim gerando cada vez mais emprego e renda em todo o estado”, comenta Lucas Vieira.
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