De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão arterial, conhecida popularmente como "pressão alta", afeta cerca de 30% dos brasileiros. A condição geralmente é silenciosa, o que indica a necessidade de realizar a aferição periodicamente.
O cardiologista e docente do IDOMED, Pablo Oliveira, explica que a hipertensão arterial é definida como uma doença crônica não transmissível.
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"Consideramos como parâmetro para o diagnóstico deste problema de saúde, a medida de pressão arterial sistólica acima de 140 mmHg (milímetros por mercúrio) e a pressão diastólica acima de 90 mmHg (milímetros de mercúrio). Lembrando que a medida de pressão arterial deve ser realizada em duas ocasiões diferentes. Além disso, é importante destacar também que essa patologia é influenciada pelos fatores genéticos e ambientais”, destaca.
O médico ainda explica que a hipertensão arterial geralmente não apresenta nenhum sintoma, mas caso não seja devidamente tratada, o paciente poderá desenvolver problemas cardíacos, além de apresentar mais riscos de ter um acidente vascular cerebral e doença renal crônica.
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Um dos fatores relacionados ao desenvolvimento da doença, segundo o cardiologista, é o genético, podendo influenciar de 30% a 50% na pressão arterial. Já o avanço da idade e a origem étnica também influenciam na causa da hipertensão arterial.
O médico alerta ainda, que também há o fator de risco modificável, vinculado ao sobrepeso, além do consumo excessivo de sódio e o sedentarismo.
“É importante destacar que todo paciente hipertenso precisa manter o controle da sua pressão arterial porque há várias complicações, incluindo o desenvolvimento de cardiopatias, como a doença coronariana, insuficiência cardíaca, doenças da aorta, além de doenças relacionadas à visão”, explicou o Pablo.
Prevenção
A hipertensão arterial pode ser prevenida com alguns cuidados. De acordo com a nutricionista e docente da Estácio, Ana Carlene, além da atividade física e o controle do peso, a alimentação equilibrada também deve ser priorizada para prevenir e controlar a doença.
“É importante ficar atento ao consumo de sal, que não deve ser feito em excesso. Além disso, é importante levar em consideração a qualidade e a quantidade dos alimentos, inclusive os que são considerados saudáveis. Ressalto que nenhum alimento isolado é capaz de desencadear ou tratar uma patologia”, explica a especialista.
Ana ainda ressalta que um nutriente importante que pode ajudar no controle da pressão arterial é o potássio, que está presente em vegetais com cor verde escura, além da cenoura, banana e o feijão.
Já as pessoas hipertensas devem reduzir o consumo de sódio, que precisa ser limitado a duas gramas por dia, ou seja, o equivalente a aproximadamente cinco gramas de sal de mesa. Também é fundamental diminuir a ingestão de comida ultra processada e embutidos, além de temperos e molhos industrializados, substituindo por condimentos naturais, como, por exemplo, açafrão, manjericão, orégano e alecrim, que também fazem parte do padrão da Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que tem como características o maior consumo de frutas, leite e derivados com baixo teor de gorduras, hortaliças, cereais integrais, e redução no consumo de colesterol e gorduras.
“É indispensável o acompanhamento nutricional para garantir o tratamento adequado da hipertensão arterial, pois observamos que há muita informação errada sobre o tema sendo disseminada nas redes sociais. Neste caso, o nutricionista irá adequar a dieta, conforme a necessidade e a realidade de cada paciente”, destacou a nutricionista.
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