De 2010 a 2020, a área de garimpo ilegal cresceu 495% em terra indígenas no Brasil, segundo estudo do MapBiomas, divulgado no mês passado. As terras Munduruku, Yanomami e Kayapó são as mais prejudicadas com esta atividade ilegal e que gera constantes conflitos entre indígenas e garimpeiros.
No último sábado (7), uma operação realizada pela Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Força Nacional, Ministério Público Federal e Fundação Nacional do Índio (Funai) resultou no fechamento de três garimpos de ouro em terras indígenas Kayapó, no sul do Pará. Numa área distante a 160 quilômetros de São Félix do Xingu.
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Denominada "Sonho distante", a ação é um desmembramento de outra operação, a "Guardiões do Bioma", e começou a ser planejada mês passado depois de denuncias feitas à PF e ao MPF, em Redenção. A queixa apontava uma grande área de desmatamento na reserva e que a origem do problema estava relacionada à atividade de garimpo ilegal.
A atividade ilegal provocou a insatisfação de grupos indígenas e havia um risco entre os índios e os garimpeiros.
As equipes chegaram ao local de helicóptero e conseguiram flagrar os garimpeiros em plena atividade. Três garimpos clandestinos foram fechados, três escavadeiras hidráulicas foram inutilizadas e estrutura de apoio aos garimpeiros foram desmontadas. Documentos e mercúrio foram apreendidos.
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"A atividade minerária ilegal representa risco à saúde dos trabalhadores pelo uso indiscriminado de mercúrio, polui leitos de rios e causa danos irreparáveis à fauna e flora do local atingido. O dano ambiental será quantificado, posteriormente, pela Perícia da Polícia Federal, para fins de ressarcimento por parte dos infratores", diz a nota enviada pela PF.
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