A sequência de movimentos executada em ritmo lento e calmo caracteriza uma prática integrativa criada há aproximadamente 400 anos como uma arte marcial, o Tai Chi Chuan. Com origem na China há aproximadamente 400 anos, hoje a técnica também ganha adeptos em outros países do mundo. A estimativa atual é de que mais de 100 milhões de pessoas pratiquem o Tai Chi no mundo.
Reconhecido como prática integrativa pela Unesco desde 2020, o Tai Chi Chuan, hoje, já não é apenas uma arte marcial, mas uma prática que pode contribuir também com a promoção da saúde.
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O diretor titular chinês do Instituto Confúcio da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e professor de Tai Chi, Pang Hui, explica que inicialmente o Tai Chi foi criado como uma arte de defesa, mas as pessoas começaram a praticá-lo para a promoção da saúde, já que envolve movimentos muito suaves e leves que, além de muito bonitos, acabam ajudando o corpo.
“O Tai Chi trabalha muito a questão da força muscular, ajuda a pessoa a ficar mais forte, também ajuda na concentração mental e também na questão circulatória”, aponta. “Ele ajuda, também, na diminuição da tensão do corpo, na diminuição do estresse, principalmente do estresse mental, e estimula o sistema imunológico porque trabalha muito os nervos do corpo”.
Entre os benefícios, a imunidade
O professor de Tai Chi Chuan, Pang Hui, aponta que, hoje, tem-se pesquisado muito como o Tai Chi tem ajudado também na promoção da imunidade, já que as pessoas que praticam o Tai Chi regularmente têm demonstrado uma imunidade muito mais forte contra as doenças. Outra condição de saúde pesquisada é a eficácia da prática no controle da pressão arterial, benefício comprovado pelo professor em um caso na sua própria família. “Minha irmã é professora de Tai Chi na China e é um bom exemplo dos benefícios proporcionados pela técnica. Há cerca de 23 anos ela começou a ter problema de hipertensão e se sentia muito mal. A prática do Tai Chi ajudou a diminuir esse problema da pressão arterial”, explica.
“Inicialmente, ela começou a tomar muitos medicamentos para controlar a pressão arterial, porém, eles acabavam causando muitos efeitos colaterais, então, ela começou a praticar o Tai Chi e nos últimos anos, realmente, ela conseguiu controlar a pressão arterial sem precisar tomar medicações. É um caso real, um bom exemplo dos efeitos do Tai Chi. Tem-se conseguido muitos bons resultados no controle da pressão arterial”.
Não é à toa que, na China, se encontre facilmente grupos de pessoas praticando Tai Chi nas praças e parques. Pang Hui destaca que a prática é muito comum nas cidades chinesas. “É uma das artes marciais mais simples e fáceis e pode ser praticada por pessoas de qualquer idade, até mesmo porque não precisa de objetos e ferramentas. É só você e o seu próprio corpo”, considera. “Na China é muito comum, nos períodos da manhã ou no final da tarde, ver muitas pessoas praticando o Tai Chi nas praças e parques, principalmente pessoas mais idosas”.
O professor explica que o Tai Chi é composto, basicamente, por 24 movimentos, que são os mais básicos, os mais tradicionais. São esses 24 movimentos os ensinados nas aulas gratuitas oferecidas pelo Instituto Confúcio da Uepa. Em decorrência da pandemia, no momento as aulas estão suspensas, porém, no período de 2017 até antes da pandemia, mais de 400 alunos de Tai Chi já passaram pelo instituto.
VOCÊ SABIA?
TAI CHI CHUAN
Prática milenar que nasceu na China como arte marcial, o Tai Chi Chuan, hoje, é muito utilizado como forma de integrar a meditação e a prática de atividade física. A prática é caracterizada pela execução de sequências de movimentos suaves e circulares.
Fonte: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - Ministério da Saúde.
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