O Ministério Público do Estado do Pará realizou nesta terça-feira (24) uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Maracanã, no nordeste paraense, e também nas sedes de empresas em Castanhal. Denominada de Gênesis, a ação teve como alvo principal o presidente da casa legislativa, o vereador José Maria Rabelo (PL), mais conhecido por Cacaia Rabelo. Ele é suspeito de liderar um esquema de rachadinha e desvio de dinheiro público por meio de super faturamento de notas frias.
No total, ordens seis ordens judiciais foram cumpridas, entre elas a prisão preventiva do presidente da Câmara Municipal. A tesoureira da Casa Legislativa foi afastada das funções.
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Segundo o Ministério Público, a denúncia contra o vereador foi feita em novembro de 2021. O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) já encontrou evidências de que o esquema de desvio de dinheiro consistia na emissão de notas fiscais por parte de duas empresas sediadas em Castanhal, pessoas jurídicas que recebiam o valor total, mas não entregavam o material objeto da suposta aquisição.
Após receberem os valores, as empresas devolviam a maior parte do dinheiro público para os agentes que controlam as contas públicas da Câmara Municipal de Maracanã.
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As equipes do Gaeco do MPPA, também em duas casas do vereador – uma delas, inclusive, fica na Vila de Algodoal, que pertence ao município de Maracanã. Lá, foram apreendidos os aparelhos de telefone celular de Cacaia e da esposa dele. As equipes também estiveram numa pousada do vereador na praia.
Cacaia Rabelo se auto intitula autoridade máxima na vila, promovendo uma espécie de governo paralelo na vila e atrapalhando algumas ações administrativas na comunidade. O outro imóvel onde foram cumpridas as buscas e apreensões foi o apartamento do vereador, na Travessa Mauriti, em Belém.
O cumprimento das ordens judiciais ocorreu de forma simultânea, com os agentes do Gaeco chegando às 6h nos endereços do vereador e na Câmara Municipal. Assista:
Se confirmada as denuncias, Cacaia vai responder por associação criminosa e peculato. O DOL ainda não conseguiu contato com o advogado do presidente da Câmara Municipal de Maracanã.
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