Na última segunda-feira (23), o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, utilizou as redes sociais para informar sobre a desobrigação do uso de máscaras em locais fechados no município. Segundo o comunicado, a decisão se baseou em análises do cenário pandêmico na cidade, que mostrou a diminuição dos casos de Covid-19 e também da redução das vítimas fatais acometidas pela doença.
O decreto foi publicado ontem pelo prefeito, mas a medida já estava em vigor. A flexibilização não proíbe a continuação do uso do acessório, seja em locais abertos ou fechados. Pelas ruas, ainda é possível ver que algumas pessoas não abriram mão da proteção. Porém, quem encontrou uma oportunidade para garantir uma renda extra sente a queda das vendas.
A aposentada Maria Aldenir, 76, que colocou o acessório de proteção à venda logo que os órgãos de saúde tornaram o seu uso obrigatório, conta que chegou a vender cerca de 40 unidades por dia, no centro comercial de Belém. “A venda de máscaras foi o que me ajudou a sobreviver nesse tempo todo”, admite. “Ainda não sei como será daqui para frente, já não tem tanta saída de máscaras como era antes. Não sou contra a suspensão do uso, mas acredito que a decisão de suspender ainda é perigosa”, avalia.
Poucas unidades de máscaras ainda foram encontradas à venda na pequena loja do Luciano Pantoja, 31. Ele afirma que, aos poucos, as pessoas já estavam deixando de comprar e a decisão de liberar o uso surtiu efeito imediato. “Se eu vendo agora umas quatro por dia é muito. Alguns modelos que acabaram não fiz mais a reposição, porque mesmo fazendo um valor promocional não tem mais saída”, contou.
A Secretária Municipal de Saúde (Sesma) segue orientando o uso de máscara nos seguintes casos: por pessoas que possuam fatores de risco para agravamento da Covid-19 (comorbidades, imunossuprimidas, mulheres grávidas e idosos de 70 anos ou mais); por qualquer pessoa nos transportes de passageiros (ônibus, veículos ou embarcações) e seus locais de acesso (embarque e desembarque); e por pessoas que estejam apresentando sintomas gripais.
OUTRAS MEDIDAS
A Sesma também recomenda a lavagem das mãos, etiqueta respiratória, o distanciamento entre pessoas ou grupos em todos os ambientes, evitar aglomerações e priorização de ambientes com ventilação natural, com portas e janelas abertas, a fim de assegurar a boa circulação de ar e a ventilação cruzada.
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