Moradores do bairro do Jurunas, um dos mais populosos de Belém, denunciam que cães estejam sendo soltos para perseguir e matar gatos nas ruas. Segundo relatos, o tutor ou tutores dos animais os liberam à noite para correr pelas ruas e é aí que ocorrem os ataques brutais aos felinos.
“O fato é recorrente e aconteceu na Roberto Camelier com a Estrada Nova. A protetora que cuida dos gatinhos na rua já não consegue mais dormir pela madrugada, por conta da situação. Um gatinho foi estraçalhado no meio da rua. São em torno de 12 cães, bem cuidados e andam todos juntos. Provavelmente são da mesma pessoa”, pode ler-se em uma mensagem publicada no perfil do Instagram da ONG Patinhas de Vida.
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De acordo com a ONG, que reconhece a dificuldade em identificar os responsáveis pelos cachorros, essa situação persiste desde janeiro, quando ao menos dois gatos foram mortos pela mesma matilha. Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram alguns dos ataques da "Gangue do Espetinho", como alguns moradores já estão chamando a matilha.
Em uma postagem de 9 de janeiro, o perfil da ONG alerta os tutores de gatos para o risco que a matilha já representava na época.
“Noite passada, por volta das 4 horas da manhã, os cachorros encontraram uma gata na rua e a arrastaram até a pracinha da Carlos de Carvalho, matando a coitada que era uma gata do vizinho e estava prenha. O ataque é tão rápido que não dá tempo infelizmente de socorrer o bichinho”.
De acordo com uma fonte anônima, que entrou em contato com a reportagem do DOL, recentemente outros sete gatos teriam sido mortos pelos mesmos cães.
"Há uma 'gangue' de cachorros dizimando gatos todas as noites aqui pela área e adjacências. Só na minha rua, pelo que a gente ficou sabendo foram sete gatinhos mortos, só não foram mais pois alguns conseguimos salvar", contou o denunciante, ressaltando que os ataques não se restringem ao bairro do Jurunas.
"Isso está acontecendo não apenas aqui no Jurunas, mas também na Condor, Batista Campos, Cidade Velha e Cremação", revelou.
VEJA O VÍDEOS DOS ATAQUES:
A reportagem solicitou nota à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) e aguarda um posicionamento sobre as denúncias.
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