Prática Integrativa e Complementar reconhecida pelo Ministério da Saúde, a Constelação Familiar é um método terapêutico que aborda de maneira sistêmica o reconhecimento das origens de problemas ou dores emocionais apresentadas pelo paciente e que, muitas vezes, podem estar centradas inconscientemente nas relações familiares ou de outros sistemas. Através das técnicas desenvolvidas pelo criador da prática integrativa, o psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, o que a Constelação Familiar busca é justamente apaziguar as questões pontuais que podem estar causando dor emocional ao indivíduo.
Série "Dr. Responde" aborda terapias alternativas
Terapeuta integrativa e facilitadora de Constelação Familiar formada pelo Instituto Koziner, de São Paulo, Carla Tomaz explica que a Constelação é essa ferramenta que apazigua questões que normalmente são inconscientes e estão ligadas às relações familiares ou às relações empresariais e a tudo aquilo que move o indivíduo e causa tumulto emocional. “A Constelação Familiar é uma ferramenta complementar que vai tratar de um tema pontual, algo que naquele momento esteja causando alguma dor, sofrimento emocional, um bloqueio na vida da pessoa”, aponta. “Ela não precisa ser apenas relacionada à família, mas também pode ser relacionada à vida empresarial e a tudo aquilo que esteja dentro de um sistema”.
Justamente por ser uma terapia sistêmica, a Constelação Familiar atende a algo que está dentro de uma ordem, que obedece a uma hierarquia entre aqueles que pertencem a esse sistema, que obedecem a um movimento de ‘dar e receber’ entre aqueles que pertencem àquele sistema. “De acordo com quem sistematizou a técnica, que foi Bert Hellinger, se você entende o lugar que você está, sentindo que você pertence a ele e que você dá e recebe em equilíbrio, você se apazigua. E isso pode ocorrer em qualquer relação dentro de um sistema”.
“A Constelação Familiar é uma ferramenta complementar que vai tratar de um tema pontual, algo que naquele momento esteja causando alguma dor, sofrimento emocional, um bloqueio na vida da pessoa” Carla Tomaz, facilitadora de Constelação Familiar
Acolhimento ajuda a superar dores emocionais
A facilitadora de Constelação Familiar, Carla Tomaz, considera que a base familiar acaba sendo muito solicitada por quem busca essa prática porque, normalmente, existem muitos hábitos que são gerados dentro do sistema familiar. Muitas vezes, a pessoa se vê dentro de um processo de repetição das atitudes da mãe ou da avó em relação a relacionamentos, por exemplo. Em outros casos, na vida profissional, pode ser que o indivíduo esteja repetindo o pai que não conseguiu progredir e, nesse sentido, ele está em um movimento inconsciente repetindo aquele familiar sem saber.
“Um exemplo muito prático é aquela pessoa que está com uma dor emocional muito grande em vários relacionamentos, não consegue se relacionar. Aí, na Constelação, muitas vezes o que se observa é que ela está ou em uma repetição inconsciente da atitude da mãe, ou ela inconscientemente não consegue perdoar o pai, ou ela transfere para a pessoa que está com ela a dor emocional que ela sente em relação ao pai, que é o primeiro masculino que ela conhece”, exemplifica Carla. “Quando isso vem à tona, a gente consegue, com frases de acolhimento e com frases de solução, encontrar um caminho de apaziguamento para esse emaranhado, para que a pessoa possa fluir nos relacionamentos”.
TRATAMENTO
INDIVIDUAL
Ainda que busque as origens e o sentido para determinadas situações nas relações familiares ou entre as pessoas que fazem parte do sistema que o paciente está envolvido, a Constelação não precisa contar necessariamente com a presença do familiar do paciente para buscar o caminho do apaziguamento emocional. A terapia integrativa está relacionada ao indivíduo que busca o acompanhamento. “É algo seu, é o seu olhar dentro de um campo sistêmico onde se analisa qual é a sua questão, as questões que, dentro de você, estão emaranhadas, confusas, tumultuadas, impedindo que você caminhe para uma solução. Então, não precisa vir com ninguém”, aponta a terapeuta integrativa. “É claro que pode vir um casal que está em busca de olhar o seu relacionamento, mas, por exemplo, se você tem uma questão com o seu pai ou com a sua mãe de dor, sofrimento ou de rejeição, você não precisa trazer nem o pai e nem a mãe. Até porque, às vezes, a pessoa não quer nem manter contato, quer apenas apaziguar aquela dor emocional”.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar