A adoção de práticas alternativas ou complementares pode ser uma aliada da medicina convencional quando se busca a promoção da saúde. Nesse sentido, a medicina complementar é um modelo de saúde que propõe a combinação das medicinas convencional, tradicional e complementar, sem hegemonia entre elas, com o objetivo de promoção da saúde nos diferentes aspectos que compõem o ser humano.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as medicinas tradicionais complementares e integrativas consideram o indivíduo em sua integralidade, singularidade e complexidade, “levando em conta sua inserção sociocultural com ênfase na relação profissional/usuário, o que contribui para a humanização da atenção”.
Mantenha o equilíbrio através da Biodança; conheça
Curuçá: no coração do mangue, o respeito ao meio ambiente
A possibilidade e a importância de uso complementar das práticas são evidenciadas no próprio nome atribuído às práticas complementares, conforme destaca o conselheiro nacional de saúde e coordenador da Comissão de Promoção, Proteção em Saúde e das Práticas Integrativas do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Abrahão Nunes. Por isso, é fundamental que a população tenha pleno acesso e conhecimento sobre as modalidades para, em conjunto com os profissionais que lhe acompanham, tenham a possibilidade de optar pela adoção de outras técnicas de promoção da saúde. “O nome já diz, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde são para complementar a medicina convencional. Algumas práticas integrativas partem de saberes muito antigos, como é o caso da acupuntura, que já é usada há 5 mil anos e das plantas medicinais que também já são usadas há milhares de anos. Outras práticas mais recentes trazem algumas inovações também que são importantes para cuidar da saúde das pessoas”, considera. “As práticas integrativas têm um papel fundamental que é o ‘cuidar’, então a proteção e a promoção das práticas integrativas são muito importantes para que a gente possa ter uma vida saudável”.
ALTERNATIVA
Respeitando a possibilidade de escolha do paciente, neste processo Abrahão destaca que é fundamental que o paciente informe ao médico ou outro profissional que lhe acompanhe que faz uso de práticas integrativas. “Ou, ainda, que o próprio paciente possa demandar do médico a indicação de práticas integrativas que possam ser úteis que não só a medicina convencional. As práticas integrativas vêm para complementar uma série de outras possibilidades de tratamento.
PARA ENTENDER
Medicina Tradicional
l A medicina tradicional tem uma longa história, ancestralidade ou tradição. É a soma de conhecimentos, capacidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis pelos métodos científicos atuais ou não, utilizadas para manter a saúde e prevenir, diagnosticar, melhorar ou tratar doenças físicas e mentais – segundo a OMS.
Medicina Complementar
l Os termos “medicina complementar” e “medicina alternativa” se referem a um amplo conjunto de práticas de saúde que não fazem parte da tradição ou da medicina convencional de um determinado país e não estão totalmente integradas ao sistema de saúde vigente. De acordo com a OMS, em alguns países, esses termos são usados alternadamente para fazer referência à medicina tradicional.
Medicina Integrativa
l Em meados de 2017, a unidade técnica de Medicina Tradicional e Complementar da OMS adicionou o termo “Medicina Integrativa” para abordagens integrativas de MTCI e medicina convencional em relação a políticas, conhecimentos e prática. Os cuidados de saúde integrativos muitas vezes reúnem abordagens convencionais e complementares de forma coordenada. Enfatizam uma abordagem holística e focada no paciente para cuidados de saúde e bem-estar - muitas vezes incluindo aspectos mentais, emocionais, funcionais, espirituais, sociais e comunitários – e tratam a pessoa como um todo e não só sua condição/doença isolada.
Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Organização Mundial da Saúde (OMS).
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar