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CASO BRUNO E DOM PHILIPS

Sangue é encontrado em lancha de suspeito no Amazonas

Informação foi divulgada em meio à pressão internacional por respostas sobre o paradeiro do indigenista brasileiro Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips.

Imagem ilustrativa da notícia Sangue é encontrado em lancha de suspeito no Amazonas camera Reprodução

O governo brasileiro está sob forte pressão internacional devido ao desaparecimento do jornalista inglês Dominic Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, no Amazonas. Depois da manifestação em frente à embaixada do Brasil em Londres, na última quinta-feira (9), em que familiares, amigos e ambientalistas cobraram mais empenho das autoridades nas buscas pela dupla, além das mobilizações de editores e repórteres de grandes jornais ao redor do mundo, agora foi a vez da Organização das Nações Unidas (ONU) também apertar o cerco ao governo de Jair Bolsonaro.

Familiares e amigos de Dom Phillips fizeram uma vigília, na última quinta-feira (9), em Londres.
📷 Familiares e amigos de Dom Phillips fizeram uma vigília, na última quinta-feira (9), em Londres. |(Foto: Reprodução)

Nesta sexta-feira (10), a entidade internacional publicou uma nota oficial pedindo que o Brasil intensifique os esforços para encontrar o paradeiro do correspondente do The Guardian e do defensor dos direitos indígenas. O documento foi compartilhado na página do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH).

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“Incitamos as autoridades brasileiras a redobrarem seus esforços para encontrar Phillips e Pereira, com tempo de urgência, tendo em vista os riscos reais aos seus direitos à vida e à segurança”, alertou a porta-voz do ACNUDH, Ravina Shamdasani.

Além disso, o documento ressaltou que os governos federais e locais devem reagir de maneira “robusta e expedita”, empregando meios disponíveis e recursos especializados para uma investigação eficaz na área de buscas.

Segundo Ravina Shamdasani, a ONU também está seriamente preocupada com os constantes ataques sofridos por defensores de direitos humanos, ambientalistas e jornalistas no Brasil.

“As autoridades têm a responsabilidade de protegê-los e garantir que possam exercer seus direitos, inclusive à liberdade de expressão e associação, livres de ataques e ameaças”, reforçou.

A porta-voz demonstrou igual preocupação com o modo como o governo tem tratado os povos indígenas brasileiros, especialmente aqueles que vivem em isolamento voluntário ou estão em processo de contato inicial.

“As autoridades devem adotar medidas adequadas para garantir seus direitos à terra, territórios e meios de subsistência tradicionais, protegendo-os de todas as formas de violência e discriminação tanto por parte de atores estatais quanto não estatais”, concluiu.

Sangue na lancha

O desaparecimento de Bruno e Phillips ocorreu durante o trajeto que os dois pretendiam fazer entre a comunidade Ribeirinha São Rafael à cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, no último domingo (5). O objetivo da dupla era visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu, no Vale do Javari. O jornalista pretendia realizar algumas entrevistas com os habitantes daquela região.

Responsável por conduzir a investigação, Eduardo Alexandre Fontes, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, disse que não descarta qualquer linha de investigação, inclusive a hipótese de homicídio, no caso.

Um dos suspeitos, o pescador Amarildo Pereira, 41, conhecido como Pelado, foi preso na última terça-feira (7). Após audiência de custódia, a Justiça decidiu que ele permanecerá preso pelos próximos 30 dias.

Na noite da última quinta-feira (9), a Polícia Federal revelou que uma perícia encontrou vestígio de sangue no barco de Amarildo. No entanto, somente após a realização de exames específicos é que será possível determinar se o sangue tem origem humana ou animal.

Caminhões com telas exibem imagem e mensagens sobre desaparecidos, pelas ruas de Los Angeles (EUA), onde ocorre a Cúpula das Américas.
📷 Caminhões com telas exibem imagem e mensagens sobre desaparecidos, pelas ruas de Los Angeles (EUA), onde ocorre a Cúpula das Américas. |(Foto: Divulgação Greenpeace)

Segundo a Polícia Militar do Amazonas, Pelado teria sido visto por testemunhas seguindo a embarcação com o indigenista e o jornalista antes deles desaparecerem.

Ele foi abordado na comunidade de São Gabriel - a mesma onde os dois foram avistados pela última vez - em razão da identificação de sua lancha, e preso em flagrante portando munição de fuzil e calibre 16, que são de uso restrito da Forças Armadas.

De acordo com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), o pescador tem histórico de ameaças e agressões contra indígenas e indigenistas.

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