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ECONOMIA

Combustíveis: novo aumento já dói nos paraenses

Com a gasolina e o diesel novamente subindo de preços, quem precisa abastecer os veículos para trabalhar reclama da dificuldade em manter orçamento. Alimentos também devem ficar mais caros, alerta Dieese.

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Imagem ilustrativa da notícia Combustíveis: novo aumento já dói nos paraenses camera Wagner Santana / Diário do Pará

A Petrobras anunciou na última sexta-feira (17) novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. O litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 (alta de 5,18%). Já para o diesel, a elevação foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%). Esses aumentos já podem ser sentidos nas bombas dos postos de Belém.

Ainda na sexta-feira (17), Janderson Lima, balconista, abastecia seu carro lamentando o novo reajuste que foi noticiado na rádio. “Fui pego de surpresa com essa notícia, aproveitei logo para abastecer antes do reajuste’’, explicou. Para ele, a alternativa será deixar o veículo mais tempo na garagem e utilizar mais a bicicleta. “Já está caro o preço da gasolina, com mais esse aumento sem condição de ficar rodando”, disse.

O preço da gasolina impacta o setor de transporte rodoviário, incluindo transportadoras e caminhoneiros, e deve influenciar também no custo da alimentação básica, como a cesta básica. O pesquisador e técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), Everson Costa, analisa que os constantes aumentos nos preços dos combustíveis e derivados impactam direta ou indiretamente em praticamente todos os segmentos da economia.

ALIMENTOS

Ele explica que os consumidores vão sofrer com preços cada vez maiores, impactando ainda mais no custo de outros produtos e também na geração de renda, como é o caso dos trabalhadores do setor de transporte. Além do desabastecimento, os alimentos que chegam ao Pará devem ficar mais caros. “O custo do frete vai aumentar muito, esses produtos vão chegar mais inflacionados”, alerta.

Para Eusébio Pinto, 65, caminhoneiro, o novo reajuste vai impactar muito na sua rotina de trabalho, já que muitos clientes reclamam do preço do frete. “Vou precisar reajustar os valores de frete, muitos clientes acham que está caro, mas só de Diesel semanalmente gasto uma faixa de R$ 3 mil a R$3,5 mil”, explica.

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