O Pará liderou a geração de empregos formais nos setores de Serviços, Comércio, Agropecuária e Indústria na região Norte, no período de janeiro a abril de 2022. Nesse período, o Estado gerou 8.614 postos de trabalho, segundo o Balanço da Geração de Empregos Formais, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). Só em abril, foram 4,4 mil novos empregos gerados. E a perspectiva para os próximos meses no mercado de trabalho no Estado é otimista.
O Pesquisador e Técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE, Everson Costa, lembra que o Pará vem tendo seguidos resultados positivos na geração de trabalho. “Esse resultado está ligado ao crescimento da economia do Pará. Não estamos imunes aos efeitos da pandemia, sofremos os efeitos dela. Mas, o Estado vem apresentando, nos seus macrosetores, crescimentos de emprego puxados principalmente pela ampliação e crescimento do setor de serviços”, afirmou.
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Em relação aos setores como o da construção civil, Everson Costa apontou que o Governo do Estado vem atuando com a promoção de obras em estradas, escolas, creches, estádios e hospitais que vem a contribuir para o aumento da geração de novos empregos. “As obras públicas são fundamentais, no entanto esse setor apresentou bom resultado ao longo do ano”, destacou.
Quando chega o mês de julho, forte do verão paraense, milhares de pessoas se deslocam em direção às belezas naturais que o estado tem a oferecer. Everson Costa estima uma temporada de veraneio com muitas oportunidades de emprego. “Está tendo uma retomada, consequentemente por conta do processo de vacinação. Vamos ter um veraneio que irá movimentar a economia e a circulação de pessoas e recursos”, afirmou.
COMÉRCIO
Segundo o Presidente do Sindilojas, Eduardo Yamamoto, o comércio está otimista após a pandemia. O mercado de trabalho paraense pode ter uma recuperação mais sólida a partir do segundo semestre, sustentada pelo avanço da vacinação e a retomada plena da atividade econômica.
O mercado vem gerando uma grande movimentação por conta de datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados e as férias se aproximando. As vendas no varejo tiveram um aumento de 25% em relação ao ano de 2019 até junho. Em uma pesquisa feita pelo Sebrae para esse Dia dos Namorados no próximo dia 12 de junho, apresentou um aumento de 17% na compra por dispositivos móveis em detrimento do computador tradicional (desktop). O que significa que os consumidores estão procurando um atendimento mais personalizado.
De uma maneira geral, a oferta de empregos cresce no próximo semestre, com o Dia dos Pais, o Círio de Nazaré (após dois anos sem procissão presencial) e as datas de final de ano, “Estamos ofertando mais vagas de emprego, mas a mão de obra precisa ser especializada. Passando por cursos profissionalizantes sobre redes sociais e plataformas de vendas”, conclui Yamamoto.
Para Rodrigo de Moraes, 34, gestor de uma loja que fica no Centro Comercial de Belém, as vendas melhoraram bastante e, por isso, eles estão conseguindo fazer mais contratações. “A loja inaugurou ano passado no meio da pandemia, foi bem difícil de manter. Mas com a flexibilização dos decretos, maior número de pessoas vacinadas, os benefícios para os aposentados e os pagamentos de FGTS as vendas esse ano melhoraram muito”, explica.
Juliana Figueiredo, 21, operadora de caixa, conta que estava a mais de sete meses sem trabalhar de carteira assinada e o período desempregada foi muito complicado. Hoje ela está empregada há 2 meses. “Enviei meu curriculum para vários lugares, por conta da pandemia muitos lugares não estavam contratando. Mas agora estou aqui há 2 meses e estou gostando muito”, conta Juliana.
CÍRIO
Em relação ao Círio de Nazaré, em outubro, a perspectiva é de mais contratações. A edição deste ano conta com a volta de todos os eventos e procissões. Para o Assessor Jurídico do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHBRS-PA), Fernando Soares, as expectativas são grandes. “Estou ansioso e é a realidade da maior parte dos belenenses. É algo que a gente espera o ano todo. Acreditamos que terá um grande público, mas não como em outros anos. Será um turismo mais interno, pessoas dos interiores do Estado”, prevê o advogado.
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