Calor excessivo eleva venda e preços de bebidas em Belém

A partir deste final de semana, deverá aumentar consideravelmente a corrida dos paraenses rumo aos principais balneários de todo o Pará. É o início do veraneio 2022, que retorna este ano com mais força, após dois anos seguidos de restrições impostas pela pandemia.

E como o calor não tem dado trégua em todo o Estado, tem aumentado também a cada dia o consumo de bebidas por parte dos paraenses. Esta situação foi mais uma vez confirmada por vários comerciantes (fixos e ambulantes) ouvidos pelo DIEESE/PA nestes últimos dias.

De um simples copinho de água mineral, até o consumo dos deliciosos sucos de frutas regionais, têm aumentado consideravelmente a comercialização de bebidas em função do calor. Para evitar à insolação e consequentemente a desidratação, a recomendação médica, passa entre outras coisas pela ingerência de muito liquido, principalmente entre idosos e as crianças.

Entretanto seguir estas recomendações ao pé da letra tem sido um grande desafio para todos os paraenses, em especial nestes tempos de grana curta e aumentos nos preços dos principais produtos consumidos nesta época como água mineral, refrigerante, água de coco e sucos naturais.

Segundo as analises feitas pelo DIEESE/PA através de pesquisas, o inicio do veraneio deste ano de 2022 em relação ao inicio mesmo período do ano passado, mostra aumentos generalizados nos preços das bebidas e demais produtos de cunho alimentar. Os reajustes não foram uniformes, mas a grande maioria subiu mais que a inflação estimada em torno de 12,00% para os últimos 12 meses.

Ainda segundo o DIEESE/PA, os refrigerantes em lata de 350 ml estão sendo comercializados nos supermercados da Grande Belém com preços que variam R$ 2,19 a R$ 2,85 dependendo da marca e do local de compra. Nos bares, restaurantes e na venda por ambulantes na Grande Belém a lata de refrigerante fica bem mais caro e pode ser encontrada com preços variando entre R$ 4,00 a R$ 6,00, a grande maioria em torno de R$ 5,00 (dependendo do local de venda).

A água de coco, por exemplo, bebida rica em vitaminas, está sendo comercializada hoje em praças e esquinas da Grande Belém, com preços que variam entre R$ 5,00 a R$ 8,00. Outra grande pedida para enfrentar o calor e até seguir as recomendações medicas é o consumo dos sucos de frutas.

O problema é que devido aos aumentos nos preços das frutas nos últimos 12 meses comercializados em feiras livres e nos supermercados da RMB, também os sucos de frutas ficaram mais caros custando atualmente entre R$ 4,00 a R$ 8,00 dependendo do local de venda.

Nos últimos 12 meses, uma quantidade expressiva de frutas comercializadas em feiras e supermercados da Grande Belém ficaram mais caras e a maioria com reajustes acima da inflação, os reajustes mais expressivos foram verificadas nos seguintes tipos de frutas: Melão Amarelo kg com reajuste acumulado de 96,15% seguido da Melancia kg com alta de 55,93%; Laranja pera kg com alta de 37,99%; Abacate kg com alta de 31,13%; Goiaba vermelha kg com alta de 30,17%; Mamão kg com alta de 23,23%; Maracujá kg com alta de 20,11%; Banana prata kg com alta de 11,13%; Manga rosa kg com alta de 10,37%; Acerola kg com alta de 6,65% e do Limão kg com alta de 6,09% (tabela 1).

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Se a opção contra o calor for pela água mineral, também os preços estão bem elevados este ano, pois mesmo vivendo em uma região com muita água, o paraense ainda pago muito caro por um simples copo da mesma. Na verdade a venda da água mineral, em bares, restaurantes e através de barraqueiros e ambulantes virou uma fonte de lucro para comerciantes e ambulantes na Grande Belém.

Nos supermercados, o copinho de 200 ml de água mineral esta custando entre R$ 0,39 e R$ 1,19. Já a garrafinha de 305 ml varia de R$ 0,69 a R$ 0,90 a unidade. Nos bares e restaurantes a água dobra de preço. Os copinhos de 200 ml podem ser encontrados com preços em torno de R$ 2,00 a mais de R$ 3,00 e a garrafinha de 305 ml com preços variando entre R$ 3,50 a R$ 4,50.

Nos ambulantes os preços da garrafa de agua de 305 ml e de 500 ml também estão sendo comercializadas com os preços variando entre R$ 3,00 a R$ 4,00.

Como os cenários para o Estado não são de queda de temperatura pelo menos até o fim do mês de Julho, a tendência daqui para frente é de aumento no consumo de bebidas.

É bom lembrar mais uma vez que devido ao forte calor, é importante seguir a orientação medica e ingerir bastante liquido, principalmente as crianças, evitando com isso a insolação e a desidratação; ao mesmo tempo é preciso também preparar o bolso, pois a tendência é de mais aumento nos preços das bebidas.

QUADRO COMPARATIVO DOS PREÇOS MÉDIOS DAS FRUTAS COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES E SUPERMERCADOS DA GRANDE BELÉM NOS ÚLTIMOS 12 MESES

MELÃO AMARELO (kg) /Preço em maio de 2022: R$ 5,61 / R$ 2,86. Variação em 12 meses: 96,15%

MELANCIA (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 3, 68 / R$ 2,36. Variação em 12 meses: 55,93%

LARANJA PERA (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 5,23 / R$ 3,79. Variação em 12 meses: 37,99%

ABACATE (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 8,13 / R$ 6,20. Variação em 12 meses: 31,13%

GOIABA (Vermelha) (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 7, 81 / R$ 6,00. Variação em 12 meses: 30,17%

MAMÃO (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 6,10 / R$ 4, 95. Variação em 12 meses: 23,23%

MARACUJÁ (kg) / Preço em maio de 2022: R$ 8,36 / R$ 6, 96. Variação em 12 meses: 20,11%

BANANA PRATA (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 5,49 / 4,94. Variação em 12 meses: 11,13%

MANGA ROSA (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 9,47 / R$ 8,58. Variação em 12 meses: 10,37%

ACEROLA (kg) / Preço em maio de 2022: R$ 6,90 / R$ 6,47. Variação em 12 meses: 6,65%

LIMÃO (Kg) / Preço em maio de 2022: R$ 3,66 / R$ 3,45. Variação em 12 meses: 6,09%

ABACAXI (unid) / Preço em maio de 2022: R$ 3,92 / R$ 4,27. Variação em 12 meses: 8,20%