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Frutas disparam e diferença de preço nas feiras chega a 66%

A maioria dos alimentos subiu mais que a inflação calculada para o período, de acordo com o Dieese/PA. Consumidores e clientes tentam chegar a um acordo na hora de fazer compras

Imagem ilustrativa da notícia Frutas disparam e diferença de preço nas feiras chega a 66% camera Na feira do Marco, o quilo do abacate custa R$ 9, enquanto que na Pedreira é vendido por R$ 15 | Celso Rodrigues / Diário do Pará

Já faz alguns dias que os termômetros subiram com a chegada do verão amazônico e pelo que se vê nas feiras dos tradicionais bairros de Belém, os preços das frutas também aumentaram neste mês de julho, segundo os feirantes de três bairros da capital.

Mesmo com uma queda registrada entre maio e junho, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), o maior desafio é segurar os preços e não repassar para os clientes no mês das férias escolares, que registrou 8% a mais se comparado ao mês passado.

De acordo com os feirantes, em anos anteriores, a estação mais quente do ano era o melhor momento para adquirir frutas das mais variadas e com preços mais em conta. Uma das principais justificativas é a safra da maioria dos produtos, o que resulta em quedas nos valores neste período.

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Para o experiente feirante, Nildo Moreira, 43, se “chorar” dá para sair da feira da Pedreira com um produto agradável para o bolso. “Está difícil para todo mundo e entendemos que uma boa negociação movimenta o negócio. Se ficar bom para ambas as partes, fica bom para mim”, explicou.

Nos últimos 12 meses, após análise de dados, o Dieese/PA chegou à conclusão de que a grande maioria das frutas pesquisadas apresentou aumentos de preços, e em vários casos com percentuais acima da inflação calculada em 11,92% para o mesmo período, com base no Índice de preços no consumidor (INPC).

As maiores altas registradas (de junho de 2021 até o mesmo mês deste ano) foram: melão amarelo (93,86%); melancia (58,41%); laranja (47,44%); limão (35,05%); abacate (61%); tangerina (27,71%); mamão (25,59%); goiaba (21,37%); acerola(18,43%); banana (16,74%); e maracujá (15,51).

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A aposentada, Rosa do Socorro, 77, contou que entende o lado dos feirantes, já que a alta compreende não só as frutas e sim a maioria dos alimentos. “Estamos em um momento em que não dá para correr e quem é autônomo sofre com as atuais condições econômicas no Brasil. Tudo está caro e nem sempre dá para segurar o preço, se não eles trabalham sem ganhar nada”, enfatizou.

PROCURA

Neste mês de julho, as frutas mais procuradas são melancia, abacaxi, acerola, laranja, maracujá, entre outras frutas. Com base em um levantamento realizado pelo DIÁRIO na manhã de ontem, a diferença de uma feira para outra em relação aos preços dos produtos varia entre 10% e 15% e em poucos casos pode chegar a um pouco mais de 60%.

Das 12 frutas pesquisadas, a maior diferença de preços foi identificada nas feiras do Marco e da Pedreira. O quilo do abacate, por exemplo, sai a R$ 9 na primeira, enquanto na segunda custa R$ 15, diferença de 66%. O maracujá estava custando R$ 10 e R$ 15, respectivamente.

“Tentamos fazer o máximo que podemos para segurar os preços e garantir nossa cartela de clientes. Esse mês está fraco devido às férias, mas ainda assim, nos finais de semana, graças a Deus a feira fica lotada de clientes e estamos dispostos a negociar, claro”, disse a feirante Maria do Carmo Queiroz Pereira, 57.

Gabriele Alves Barroso, 22, oferece todos os tipos de frutas. “Mesmo com um mês fraco, sempre tentamos vender o melhor. Se quiser uma banana, temos! Achou que o preço pode melhorar? Melhoramos! E assim vamos seguindo a vida, pois precisamos vender para sobreviver”, pontuou.

Confira um comparativo de preços:

Comparativo de preço entre feiras
📷 Comparativo de preço entre feiras |( Reprodução )
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