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VEJA COMO SAIR DO SUFOCO

Pará tem mais de 2 milhões de endividados. 

Segundo o Serasa, o Estado ganhou 41 mil moradores com contas no vermelho em abril, em comparação a 2021. Cartões e dívidas com bancos são os grandes vilões. Saiba como diminuir o sufoco com o orçamento doméstico

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Imagem ilustrativa da notícia Pará tem mais de 2 milhões de endividados.  camera As dívidas com cartões de crédito representam 28% do total segundo a pesquisa nacional | Marcelo Camargo / Agência Brasil

De acordo com dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, o Brasil bateu em maio o recorde com 66,6 milhões de inadimplentes, o maior desde o começo da série histórica iniciada em 2016. A comparação anual, com maio do ano passado, mostra aumento de quatro milhões de nomes negativados, com um incremento de mais de 500 mil novos registros só em abril deste ano. Em 9º lugar no ranking dos estados, o Pará é o único da região Norte entre os dez mais, com 2.289.814 milhões de endividados. No mesmo mês de 2021 eram 2.249.001 milhões, cerca de 41 mil pessoas a menos.

Ainda no cenário nacional, o levantamento mostra que a faixa etária mais jovem (18 a 25 anos) foi a que mais cresceu em inadimplência, na comparação entre maio de 2021 e maio de 2022. A alta foi de 10,75%, passando de 7,73 milhões para 8,56 milhões de negativados. Já o número de idosos (60 anos ou mais) também teve aumento significativo. Enquanto em maio do ano passado eram 10,6 milhões de inadimplentes, no quinto mês deste ano o aumento foi de 8,3%, alcançando 11,49 milhões de pessoas.

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Para o economista Nélio Bordalo Filho, que é conselheiro do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon-PA/AP), reflexos da pandemia do coronavírus nos últimos dois anos e mais recentemente por fatores externos, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que impactaram nos preços dos alimentos, ajudam a entender porque meio milhão de pessoas entraram no Serasa em apenas um mês. “Não é causado por um acontecimento isolado, e há ainda o nível de desemprego elevado, altas taxas de juros que prejudicam o acesso ao crédito, e a inflação, que afeta mais as famílias de baixa renda, reduzindo o seu poder de compra”, explica.

Ainda segundo o levantamento, a maioria das dívidas é com o segmento de bancos e cartões, que representa 28,2% do total. Depois aparecem as contas essenciais como água, luz e gás, com 22,7%. Nélio alerta que os percentuais demonstram que, além das dificuldades para pagar os compromissos assumidos, boa parte da população brasileira precisa de educação financeira para planejar sua vida. A dica principal do economista para fugir do endividamento do cartão de crédito é usá-lo de forma consciente, com responsabilidade, ou seja, dentro de um critério de limite da possibilidade de pagamento, conforme a renda e o orçamento mensal.

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“Mesmo que o limite ofertado pela operadora do cartão seja elevado, o consumidor tem que estabelecer um valor ou percentual da sua renda para usar o cartão, levando em consideração as demais despesas mensais do seu orçamento pessoal ou doméstico, para não ter descontrole e gastar demais. Havendo essa espécie de ‘trava’, o consumidor consegue pagar a fatura do cartão no seu valor integral, já que se planejou para isso”, justifica Nélio.

O conselheiro recomenda fugir da armadilha de pagar apenas o valor mínimo estabelecido na fatura, o que vai gerar juros sobre a dívida, bem como deixar de pagar a dívida, ou que é ainda pior, já que implica em futura inscrição do CPF nos órgãos de proteção.

CRÉDITO

Ocorre que tornou-se cada vez mais comum, quando as contas apertam, recorrer a algum tipo de crédito para fechar o mês. Nessa hora, o consumidor precisa pesquisar sobre qual opção serve melhor ao seu problema acarretando o mínimo de problemas mais à frente. “Recorrer a crédito para equilibrar o orçamento mensal é uma opção interessante, mas desde que seja utilizado com critério e inteligência. Uma opção é buscar empréstimos com juros mais baixos para pagar uma dívida com juros mais elevados. Exemplo: fazer um crédito consignado de juros médio de 1,5 % ao mês para pagar a dívida com o cartão de crédito, que está com uma taxa de juros de 13% ao mês, ou até mais, dependendo da administradora”, orienta Nélio.

O cartão de crédito, que considerando o crédito rotativo está em média de juros de 355% ao ano, mais alto que o do cheque especial, que em média está 160% ao ano. “Existem outras formas de tomada de crédito que oferecem taxas mais atrativas para o consumidor, como, por exemplo, crédito consignado, empréstimo pessoal, empréstimo com garantias. Mas essas modalidades de endividamento também devem ser observadas com muita cautela, porque elas requerem o pagamento na data correta e na maioria delas o valor já é descontado do salário diretamente pela instituição financeira”, alerta o economista.

FUJA DO ENDIVIDAMENTO!

DICAS VALIOSAS

l Se possível, faça compras e pagamentos a vista, pedindo descontos;

l Não compre vários produtos ou serviços em muitas parcelas sem ter lastro financeiro suficiente, pois isso pode acarretar um acúmulo de valores e gerar dificuldades para pagar a fatura no valor integral;

l Cuidado com compras desnecessárias e por impulso, principalmente com promoções;

l Evite ter muitos cartões de crédito;

l Busque saber as taxas de juros estipuladas pela operadora (administradora) do cartão;

l Reduza as despesas supérfluas, revendo os gastos com diversão;

l Readeque o padrão de vida, ou nível de vida social, de acordo com o seu poder aquisitivo atual;

l Busque uma outra/segunda fonte de renda por meio de uma habilidade.

l LIMPA NOME

Com o objetivo de melhorar o cenário desafiador para os brasileiros, a Serasa Experian disponibiliza 2.290.617 de ofertas com condições especiais de quitação de dívidas por até R$ 100 por meio da Serasa Limpa Nome. Os acordos podem ser realizados com mais de 100 empresas, como bancos, financeiras, companhias telefônicas, lojas de varejo, universidades e securitizadoras.

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