O preço do leite comercializado no Pará voltou a ficar mais caro, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA)
Item importante na cesta básica dos paraenses, o produto tem pesado ainda mais no orçamento doméstico de muitas famílias, principalmente as que têm crianças pequenas. Em junho passado, o leite apresentou uma alta de preço de 7,07% em relação aos preços do mês anterior.
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Ainda de acordo com as análises do Dieese/PA, no balanço do primeiro semestre deste ano, o produto também ficou mais caro, com um reajuste acumulado de quase 20% contra uma inflação calculada em 5,61% (INPC/IBGE) para o mesmo período.
Já nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado no preço do produto foi ainda maior e alcançou a casa dos 28,57%, contra uma inflação calculada em 11,92% (INPC/IBGE) para o mesmo período.
No primeiro semestre deste ano e também nos últimos 12 meses, a trajetória de preço do produto foi a seguinte: em junho do ano passado, o preço do litro do leite foi comercializado, em média, em padarias e supermercados da capital paraense, a R$ 5,18; depois encerrou 2021 sendo comercializado a R$ 5,56.
Já no início deste ano de 2022 foi vendido, em média, a R$ 5,51; em maio o preço saltou para R$ 6,22 um mês depois, com nova alta, foi comercializado ,em média, a R$ 6,66. Ainda de acordo com as pesquisas recentes do Dieese/PA, a tendência é de novos aumentos no preço do leite.
O preço do leite, considerado essencial nas compras de boa parte dos paraenses, tem chamado a atenção de consumidores em supermercados.
Gilmara Barata, 36, pedagoga, conta que os preços do leite estão um absurdo na cesta básica dos paraenses. “As famílias estão lutando para colocar na mesa das crianças e está cada vez mais difícil. O preço do leite está aumentando e o salário continua o mesmo. Consumimos bastante leite em casa meu marido, meus três filhos pequenos e eu. Geralmente compro o pacote de 15 em 15 dias em grande quantidade, consumimos mais de 10 quilos por mês. Vamos variando as marcas entre o Ninho, o Itambé e o Piracanjuba. O Piracanjuba, pelo incrível que pareça, está mais caro. Ele tinha um preço bom”, contou.
PESADO
Pai de uma filha pequena, o contador Felipe Barroso, 34, reclama que o leite aumentou bastante. “Somos três pessoas em casa, buscamos economizar sempre pesquisando em vários supermercados, alguns fazem promoções relâmpagos que a gente aproveita. Eu e minha esposa não estamos consumindo muito, mas a nossa filha precisa, está em fase de crescimento e necessita”, contou.
Já Mariana Vale, 39, diarista, mora com os três filhos e ficou espantada com os valores do leite no supermercado. “Quase R$ 10 o preço do Piracanjuba, saco de 200 gramas. Até me espantei com o valor. Consumimos muito leite em casa, tenho uma filha de oito anos. Não tem nem como substituir o leite pelo composto lácteo porque as crianças acham horrível. Eu sou diarista, trabalho três vezes na semana, todas as três diárias eu paro no supermercado para comprar leite”, relatou.
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