A confirmação de que os casos positivos de varíola dos macacos no Brasil subiram 190,7% chamou a atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) que afirma que o Brasil teve a “maior alta registrada” no mundo.
No Pará já foram confirmados dois casos e outros 21 ainda são investigados em sete cidades. Para o senador Jader Barbalho (MDB-PA), esse salto no país de 592 para 1.721 diagnósticos positivos em apenas duas semanas é preocupante. Ele enviou ontem, ao Ministério da Saúde, um requerimento de informações solicitando detalhes sobre o plano do governo federal para enfrentar o avanço do contágio.
“Não podemos ser pegos de surpresa como ocorreu no início da pandemia do novo coronavírus. É necessário evitar perdas e mais sofrimento à nossa população”, frisou o senador paraense ao explicar as razões para solicitar o detalhamento das ações por parte do Ministério da Saúde.
O Requerimento de Informação é um instrumento usado pelo Poder Legislativo para assegurar que o Executivo informe sobre temas de interesse nacional. O documento assinado por Jader Barbalho foi encaminhado para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O senador solicita informações sobre as providências que estão sendo tomadas para impedir o avanço da varíola dos macacos no Brasil.
Jader ressaltou que, no dia 15 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu prazo de cinco dias para que os estados e o governo federal detalhassem as estratégias adotadas, até agora, combater a varíola dos macacos. “Nós, senadores, representantes dos estados brasileiros, também temos o dever cívico e moral de cobrar respostas e atitudes do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para evitar que essa doença se torne outra calamidade de saúde pública para o País.”
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CAMPANHA
O parlamentar questiona também se há previsão de realização de campanha nacional para conscientização sobre os riscos de contágio, uma vez que a varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. “E qual é o tratamento e forma de curar essa doença? Já foi criado pelo Ministério um plano de vacinação contra a varíola dos macacos, conhecida como monkeypox? Quando esse plano será colocado em prática? Já foi criado um calendário vacinal para a varíola dos macacos? O Ministério da Saúde já está fazendo a compra das vacinas para combater a doença?” são algumas indagações.
A Secretaria de Saúde do Pará tem acompanhado a evolução dos casos. A Sespa ressalta que os casos confirmados são importados de outros estados e que não há transmissão local.
O Pará foi o 17º estado que confirmou o caso do vírus Monkeypox. Segundo a Sespa, agora o Pará tem dois casos confirmados em Belém e mais 21 suspeitos, que seguem em investigação. Os investigados foram notificados em: Parauapebas (cinco); Santarém (seis); Ananindeua (três); Belém (quatro); e São Miguel do Guamá, Paragominas e Castanhal com um caso cada.
A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra a partir do contato com lesões ou gotículas respiratórias. Objetos contaminados, como roupas de cama, também transmitem a doença.
Não há previsão de vacinação em massa na população contra a doença em nenhum país no mundo, como foi feito no caso da Covid-19.
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