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ENTREVISTA

“O papel da imprensa é resistir", afirma Jader Filho

Há 27 anos trabalhando no Grupo RBA, o administrador Jader Filho tem a tarefa de congregar cada vez mais o DIÁRIO DO PARÁ com a internet e reforçar a credibilidade do jornal para a sociedade

Imagem ilustrativa da notícia “O papel da imprensa é resistir", afirma Jader Filho camera Jader Filho Completa 27 anos trabalhando na empresa | Octavio Cardoso/Diário do Pará

Um veículo que chega aos seus 40 anos amadurecido e consolidado nas plataformas impressa e digital, ampliando cada vez mais a sua audiência, abrangência e a democratização da informação que é veiculada.

Na opinião de Jader Barbalho Filho, 46 anos, é dentro desse contexto que o DIÁRIO DO PARÁ vai continuar crescendo editorial e mercadologicamente para jornadas futuras.

Administrador formado na Universidade da Amazônia e pós-graduado em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas, Jader começou a trabalhar no jornal em 1995, aos 19 anos ainda na gestão do seu avô, Laercio Barbalho, fundador do jornal.

Jornal DIÁRIO DO PARÁ celebra quatro décadas de história

Jader chegou a estagiar no jornal na área de circulação, passando em seguida pelos setores gráfico, comercial, financeiro e até atuou na redação onde conheceu de perto como o jornal é feito cotidianamente até chegar à rua. Hoje é presidente do Grupo RBA, conglomerado formado pelo jornal DIÁRIO DO PARÁ, RBATV, Portal Diário On Line (DOL) e as Rádios 99 FM, Rádio Clube e Diário FM.

Jader defende que o futuro do jornalismo está na integração cada vez maior entre as plataformas. Mas não adianta apenas ter tecnologia. “A credibilidade é fundamental e ela nos levou ao patamar que estamos hoje junto ao público leitor e aos anunciantes. Nosso desafio é cada vez mais focar no nosso público local, nas notícias do Pará com um olhar especial para as notícias do Brasil e do mundo e, acima de tudo, entender sempre o que o nosso leitor está querendo”, diz Jader. Acompanhe a entrevista.

P: Em 2022 o DIÁRIO chega a 40 anos de existência. Você chegou aqui com 19 anos. Hoje, 27 anos depois, o jornal conseguiu mudar completamente a sua trajetória. Qual o balanço que você faz desse trabalho?

R: Acredito que não coube exclusivamente a mim mudar a trajetória do jornal, mas a um grupo de pessoas que acreditou que era possível fazer um produto diferente para atender a um segmento de leitores e a um nicho de mercado que não era atendido naquele momento. Todos entenderam a proposta, o projeto e conseguimos fundar um veículo diferente.

Quando cheguei aqui, tínhamos um jornal eminentemente político e, naquele momento, o país passava claramente por uma transformação, com a criação do Plano Real, o fim da inflação e o crescimento da Classe C. Tivemos muita gente importante que contribuiu nesse processo, como os jornalistas Guilherme Barra e Gerson Nogueira e gestores como Camilo Centeno e Francisco Melo. Passaram pelo jornal várias gerações de jornalistas que foram fundamentais nesse processo. Conseguimos tirar aquela cara política que o jornal tinha e lançamos um produto que estava sendo demandado por muitos naquele momento.

P: Na sua gestão o jornal deu uma grande virada de audiência: em 1998 detinha apenas 4% de participação no mercado. Em 2006, o DIÁRIO já mantinha mais de 60% de participação, numa das maiores viradas mercadológicas que o Pará já assistiu. Hoje o jornal permanece líder de mercado e um dos maiores da região Norte....

R: Escolhemos naquele momento direcionar o foco para a classe C, explorando um segmento da sociedade que estava ávido por consumir informação local, priorizando as notícias da nossa região e fazendo um jornal com uma linguagem simples, sem esquecer os públicos das classes A e B. São premissas que mantemos até hoje, e que nos permitiu que avançássemos no mercado e conseguido a liderança. O nosso meio impresso continua muito forte para atender a um segmento que demanda a leitura em papel. Por outro lado, avançamos num outro segmento que consome cada vez mais nossas plataformas digitais. Esse equilíbrio que conseguimos manter vem sendo decisivo no sucesso editorial que alcançamos até hoje.

P: Um dos grandes desafios do jornalismo impresso hoje é se manter viável economicamente, já que é muito caro levar um jornal de papel para rua, todos os dias, e ainda enfrentar a concorrência das mídias digitais. Como se reinventar, mantendo o interesse dos leitores e das novas gerações num jornal impresso?

R: Como já citei, o jornal ainda continua forte e se fortaleceu muito no meio digital. Não é à toa hoje que o Portal Diário OnLine é líder de acessos aqui no Pará há muitos anos e que, além da produção e conteúdo próprio com uma equipe superqualificada, traz ainda a edição impressa do jornal, trazendo também conteúdo de nossos outros veículos como a RBATV e das rádios. Também mantemos a tradição de manter gratuito o acesso às nossas plataformas digitais, o que nos fortalece e possibilita que o conteúdo que produzimos chegue a um número cada vez maior de pessoas.

P: O DOL foi criado há 12 anos como braço digital do DIÁRIO DO PARÁ. Hoje o portal se transformou no maior e mais acessado portal de notícias do Estado e da região Norte. Agora, o jornal relança um site à parte para integrar ainda mais o conteúdo do impresso com o digital. Como será essa nova ferramenta?

R: É mais uma ferramenta que se juntará às muitas que já temos. Não custa lembrar que o início de tudo, lá atrás, era apenas o site do DIÁRIO e agora ele retorna porque acreditamos na força desse produto. Grandes veículos como a Folha de São Paulo têm o seu site, que é abrigado dentro do portal UOL. O mesmo acontece com os jornais “O Globo” e “Extra”, que são abrigados no portal Globo.com. Dessa forma, fortalecemos ainda mais a integração dos veículos.

DIÁRIO DO PARÁ 40 anos: um registro do analógico ao digital

P: O jornalismo digital, que impulsionou o imediatismo da notícia de alguma forma, modifica a sua forma de contar histórias ou existem públicos para as duas plataformas?

R: O público do jornal impresso e do jornalismo digital são distintos. Uma parcela muito grande da população ainda possui o hábito de ler o jornal impresso e avalio que o site www.diariodopara.dol.com.br e o portal www.dol.com.br tendem muito a crescer porque as pesquisas mostram que as novas gerações já migram direto para as plataformas digitais.

P: De que forma você vê o papel da imprensa dentro da realidade das fake news num ano eleitoral importante com eleições majoritárias?

R: Não restam dúvidas de que as fake news estão espalhadas na sociedade, mas precisam ser combatidas incessantemente para que essas pessoas que atacam a democracia e as verdades sejam efetivamente punidas. E o papel do jornal, da imprensa como um todo, é resistir e mostrar para a sociedade que apenas a verdade deve prevalecer. Aqui no DIÁRIO as informações que veiculamos são checadas e rechecadas, mas não temos problema algum em reconhecer e assumir quando erramos, e consertamos estes erros. Essa é a diferença da imprensa de verdade de quem propaga mentiras de maneira deliberada.

Nas próximas semanas, vamos experimentar uma enxurrada de fake news vinda de todos os lados e veiculadas em todos os meios e precisamos mostrar para a sociedade a importância do jornalismo sério e profissional. As pessoas precisam entender que no mundo que vivemos, toda a informação que consumimos deve ser checada em veículos com credibilidade e isso só pode ser feito em veículos sérios como o DIÁRIO DO PARÁ. Precisamos saber separar o joio do trigo. Só assim poderemos nos proteger das fake news.

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