As cidades e Melgaço, Curralinho e Breves, na ilha do Marajó, estão em alerta contra as suspeitas de casos da Síndrome de Haff, popularmente conhecida como doença da urina preta. Nesta quarta-feira, 31, as prefeituras de Curralinho e Breves recomendaram para que as pessoas não consumam peixes das espécies pacu, tambaqui e pirapatinga, que oferecem riscos à saúde. A proibição foi oficializada por meio de decreto.
Outra prefeitura da região, Melgaço também havia decretado a não comercialização e consumo dos peixes dessas espécies. A secretaria municipal de saúde de Breves emitiu um alerta sanitário após o registro de três pessoas da cidade com sintomas comuns à doença. Duas pessoas são da mesma família e teriam apresentado os sintomas após consumirem o peixe da espécie pacu, comprado na feira da cidade. Os usuários estão em acompanhamento clínico.
A prefeitura informou que não é possível saber se o peixe estava ou não contaminado com a toxina, porque ela não tem cheiro, cor e nem saber e não altera o sabor do peixe. Segundo a nota, nenhum preparo, como cozinhar, fritar ou assar, eliminaria a toxina pois ela é resistente ao calor. Já em Melgaço, além das três espécies citadas acima, há proibição de consumo de badejo, arabaiana, camarão, lagosta e lagostim.
A DOENÇA
A síndrome de Haff, ou doença da urina preta, é causada por uma toxina capaz de levar o músculo à necrose com a ruptura das células musculares, originando uma urina escura semelhante à cor de um café.
O sintoma que as pessoas mais apresentam são dores musculares muito intensas. As lesões musculares liberam substâncias no sangue, que vão ser excretadas pela urina e por isso, pode haver lesão renal e a urina ficar escura. Mas nem todos os pacientes têm a lesão renal acompanhando e o escurecimento da urina.
Esses sintomas tem início súbito e podem aparecer geralmente em menos de um dia após o consumo de peixes e crustáceos, como o camarão e lagostas, que estejam contaminados, mas ainda não se sabe qual a relação da doença com o consumo dessas carnes.
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