Em contraponto às manifestações nacionalistas evocadas por militares para o 7 de setembro, o Grito dos Excluídos e Excluídas voltou a marchar pelas ruas de Belém na manhã desta quarta-feira (7), feriado da Independência do Brasil. Com o trajeto invertido, o ato começou por volta das 8h e reuniu representantes de entidades de movimentos sociais, religiosos, centrais sindicais e a população de um modo geral.
Por volta das 10h, os participantes saíram da frente do colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, no bairro de Nazaré, rumo ao Mercado de São Brás, onde houve a apresentação de grupos artísticos e culturais. Durante a caminhada, o ato fez críticas ao Governo Federal, ao candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), além de protestar em defesa do trabalhador.
Foram levantados ainda dezenas de cartazes que pediam respeito ao processo eleitoral, às instituições democráticas, às urnas e ao resultado das eleições, além de respostas quanto às políticas públicas de combate à fome, ao racismo, à falta de investimentos em saúde, educação e moradia no Brasil. Segundo os organizadores do Grito dos Excluídos, este ano o ato reuniu mais de 2 mil pessoas.
De acordo com Jorge André, um dos coordenadores do movimento, as pautas têm como foco a defesa da democracia, a luta por inclusão, direitos e políticas públicas que garantam dignidade às populações mais vulneráveis. “Chegamos a 28ª edição desta que é uma das principais intervenções no dia 7 de setembro, para que possamos denunciar as diversas exclusões que ainda existem no Brasil”, disse.
O tema escolhido este ano foi “Vida em primeiro lugar”, que se tornou permanente desde do início da pandemia da Covid-19, responsável por levar a óbito mais de 684 mil brasileiros. A temática faz referência ainda as lutas dos povos negros, LGBTQIA+, mulheres, das comunidades quilombolas e indígenas, e das populações rurais, periféricas e em situação de rua por cidadania dentro da independência.
SEGURANÇA
No mesmo dia do Grito dos Excluídos, houve manifestação pró-Bolsonaro, mas sem registro de conflitos pelos órgãos de segurança pública. Com efetivo grande, os policiais militares ficaram de prontidão nos dois eventos, com a presença do Batalhão de Choque, Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e da Cavalaria da Polícia Militar.
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