Após muita especulação sobre a paralisação dos rodoviários do transporte público de Belém, Ananindeua e Marituba, quem precisou utilizar o serviço na manhã desta quinta-feira (8) se deparou com paradas cheias e nenhum ônibus em circulação.
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Após um início de dia sem coletivos, os ônibus das linhas regulares do transporte público da Grande Belém começaram a deixar as garagens às 7h da manhã, porém, ainda poderá demorar para que o serviço seja completamente normalizado.
No entanto, a mobilização dos rodoviários seguirá ao longo do dia, conforme prometido pelo diretor jurídico do Sindicato, Henrique Trindade, o qual afirma que um protesto será feito nas imediações do Mercado de São Brás, além da possibilidade de novas paralisações.
A principal reivindicação da categoria é pelo cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado entre a patronal e os trabalhadores após a última greve, ocorrida em maio, o qual ainda não foi inteiramente cumprido.
“Infelizmente, a categoria foi enganada quando houve uma mediação na Justiça do Trabalho, onde a categoria dos rodoviários tinha conquistado 12% de reajuste salarial, onde foi 5% a partir de 1º de maio e o restante (7%) com desonerações. Só queremos o que é nosso por direito. Pedimos o apoio de todos os rodoviários”, dizia a mensagem de convocação aos trabalhadores para a paralisação desta quinta.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) afirma que "tendo em vista o atual cenário financeiro do sistema, que acumula um prejuízo mensal que ultrapassa os R$18 milhões, se torna impraticável a aplicação de novos reajustes salariais”.
O comunicado também informa que “o desequilíbrio financeiro das empresas é provocado pela diminuição de passageiros pagantes, os sucessivos aumentos do diesel e a redução na tarifa técnica, que mesmo calculada pela Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém) e aprovada pelo Conselho de Transportes em R$ 5,00 foi homologada em R$ 4,00, o que tem impossibilitado honrar com os custos elevados do sistema”.
A Semob afirma que, até o momento, não foi comunicada oficialmente sobre a paralisação dos rodoviários e ressalta que as pautas apresentadas pelos rodoviários dizem respeito às questões trabalhistas, portanto relação restrita entre empregador e empregado.
"Nesse sentido, a Semob recomenda que se busque a solução por meio do diálogo e da negociação", pontua o órgão. Além disso, a superintendência diz que "adotará todas as providências necessárias para a garantia de uma prestação adequada do serviço de transporte coletivo à população".
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