Após o Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA), pedir a prisão preventiva de Juliana Giugni, acusada de matar a própria mãe ainda no mês de janeiro deste ano, novos desdobramentos sobre o caso aconteceram nesta quinta-feira (13).
De acordo com o promotor Franklin Lobato, a justiça acatou a denúncia de fraude processual, contra Juliana Giugni, por atrapalhar as investigações.
“O MP conseguiu a instauração de um incidente de insanidade mental para julgar até que ponto a acusada tinha condições de entender o caráter ilícito do fato. A justiça também finalmente decretou a prisão preventiva da acusada por fraudar todo o processo de investigação”, contou.
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Uma equipe da Divisão de Homicídios (DH) esteve na tarde desta quinta-feira no Condomínio Edifício Mirra, localizado na Travessa Benjamin Constant, no bairro de Nazaré, em Belém, para prender a acusada.
De acordo com o MP-PA, Juliana estaria atrapalhando as investigações com destruição de provas e até ameaças a testemunhas. O delegado Eduardo Rollo e uma Equipe estiveram no local, porém não encontraram a mulher, que com isso, se torna foragida da justiça.
A DEFESA
À justiça, o advogado da acusada, Rodrigo Godinho, entregou um documento de 58 páginas com a defesa e o pedido de não decretação da prisão preventiva de Juliana Giugni, por falta de provas. Segundo a defesa, não foi Juliana que matou a própria mãe. A afirmativa poderia ser comprovada com o resultado do laudo da polícia científica, pronto em maio deste ano.
O documento foi anexado na defesa. Nele, a informação de que horas antes da morte de Arlene Giugni, Felipe e a vítima tiveram uma discussão violenta por motivo fútil e torpe, o estopim para o crime. O acusado teria esperado a aposentada dormir e, por volta das 2h da manhã do dia 18 de janeiro, com facilidade, adentrou o quarto de Arlene, com uma faca, se posicionando à esquerda da cama onde desferiu violentos golpes contra a própria mãe.
Os ferimentos atingiram rosto, pescoço, e tórax. A vítima tentou se defender com as mãos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na cama. Após o crime, o acusado saiu do local, se limpou e trancou a porta do quarto da vítima. Segundo a perícia, não é descartada a possibilidade do suspeito ter utilizado uma luva para não deixar vestígios.
O laudo da perícia criminal diz ainda que, o acusado foi para o próprio quarto onde "após reflexões" passou a traçar nova ação, mas desta vez contra Juliana. Por volta das 4h30, o suspeito foi para o quarto da irmã onde a surpreendeu e passou a desferir vários golpes de faca contra ela. Houve luta corporal, e Juliana conseguiu pegar a faca do acusado e sair do apartamento.
Um outro ponto destacado pela defesa de Juliana é quanto aos dois materiais genéticos masculinos identificados na mão direita de Arlene Giugni. Um deles seria de Felipe Giugni. O advogado que confessou a autoria da morte da mãe e da tentativa de feminicídio contra a irmã, está preso há oito meses.
Com a confissão dos crimes por Felipe e as informações do laudo da polícia científica, a defesa diz que a “narrativa que fundamenta o pedido de aditamento do MP, é contraditório ao tentar acusar a advogada pela autoria do homicídio triplamente qualificado”.
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