Faltando menos de três dias para a realização do segundo turno das Eleições 2022, apoiadores dos candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputam a Presidência da República, se mobilizam para tentar conseguir o máximo de votos possíveis para um dos dois candidatos.
No entanto, algo que tem marcado esta disputa é a intolerância e a violência. E mais um lamentável episódio de agressões envolvendo apoiadores dos dois lados foi compartilhado nas redes sociais na tarde de quinta-feira (27).
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Em Belém, dois grupos, um pró-Bolsonaro e outro pró-Lula, faziam "bandeiraço" em frente ao Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia, às margens da avenida Perimetral, no bairro da Terra Firme, quando uma jovem e um homem começaram a trocar agressões com as bandeiras. Não se sabe quem começou a pancadaria.
No vídeo que circula nas redes sociais, a pessoa que gravou a cena diz que os próprios estudantes da Ufra decidiram fazer o "bandeiraço" a favor de Lula após manifestantes de Bolsonaro chegarem ao local.
A manifestação dos alunos teve origem a partir de um ato estudantil convocado para se posicionar contra o novo Projeto Pedagógico Institucional (PPI) de tornar entre 40% e 100 % da grade dos cursos da universidade em Ensino a Distância (EAD) já em 2023, o que teria revoltado a comunidade acadêmica.
Segundo o DCE, a própria reitora da Ufra, Herdjania Lima, teria convocado uma manifestação a favor de Bolsonaro no mesmo dia, local e horário em que os estudantes marcaram o protesto contra as mudanças na grade dos cursos.
Nas imagens, é possível ver o uso de carro-som com músicas a favor do candidato do PL tocando em alto volume, o qual teria atrapalhado a aula de alguns universitários, além de bandeiras, faixas e outros materiais de campanha. Bem ao lado, a manifestação de estudantes reunia cartazes críticos ao EAD e bandeiras a favor do presidenciável petista.
No momento da agressão, ambos os grupos estavam lado a lado. Os estudantes dizem que a própria reitora estava na manifestação pró-Bolsonaro.
Os universitários denunciam, ainda, que mesmo após uma aluna da Ufra ser agredida, a reitora não interviu, apenas observou todo o ocorrido. Os apoiadores de Bolsonaro se dispersaram em seguida. Não se sabe se o caso foi levado à polícia.
VEJA O VÍDEO:
POLÊMICAS NA UFRA
O Diretório Central dos Estudantes da Ufra denuncia que a proposta de tornar 40% a 100% da grade curricular em Ensino à Distância (EAD) em 2023 desagrada a grande maioria dos universitários e propicia a evasão dos alunos. Por esta razão, requer a suspensão da implementação do PPI.
Além disso, não faltam críticas à gestão de Herdjania Lima, que foi a segunda colocada na última consulta interna ao cargo de reitor da instituição, mas foi nomeada por Jair Bolsonaro para o cargo mesmo assim, ignorando a escolha da comunidade acadêmica.
Desde a sua nomeação, os estudantes se manifestam contra a escolha dela para a reitoria da Ufra, chamando Herdjania de "interventora". O DCE denuncia que a atual gestora não ouve as pautas dos discentes, além de propor projetos e ideias que desagradam a comunidade acadêmica, como a realização da formatura de mais de 200 alunos dentro do Restaurante Universitário e o sucateamento/abandono de infraestruturas nos campi da instituição.
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