Mesmo durante a chuva que caiu na tarde de ontem (15), o vai e vem de pessoas no centro comercial de Belém continuou intenso, principalmente por quem está em busca do presente ideal para a noite de Natal e das roupas de Ano Novo. As vendas de vestuário, por exemplo, já têm superado as expectativas de boa parte dos lojistas.
Para a empresária Monique Sampaio, 25 anos, o faturamento já alcançou o dobro do previsto pela maioria dos comerciantes, e bateu 70% a mais do que em 2021. “Fico extremamente feliz com o que o mercado tem oferecido este ano. Mesmo que eu trabalhe com roupas mais direcionadas ao público idoso e plus size, tenho conseguido fechar bons negócios”, informou.
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As roupas lideram a preferência dos consumidores, chegando a ser a primeira opção de presente para 57% das pessoas, afirma a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo a pesquisa, este ano os estabelecimentos podem fechar o mês de dezembro em alta, já que 41% dos brasileiros pretendem gastar mais, um aumento de 10 pontos percentuais do que em 2021. Em relação aos preços das etiquetas, 40% enfatizaram que as roupas estão pesando no bolso.
A manicure Maria da Conceição Costa, 56, confirma essa informação, mas ressalta que, entre muitos produtos caros, dá para encontrar um bom item pesquisando. “Não tenho pena de andar pelas ruas do comércio, pois o dinheiro não é grande para sair esbanjando”, frisou. “Hoje vim com o objetivo de comprar uma roupinha para a minha mãe passar o Natal e encontrei. Ela ama vestidos mais floridos, com estampas, e que tenham um tecido mais leve. Parei aqui na banca da Monique, dei uma chorada e graças a Deus estou levando uma peça. Ainda vou continuar andando, pois ainda tenho que comprar outras coisas”, completou a dona Maria.
PROMOÇÕES
Quando se trata da escolha do estabelecimento, ganha aquela que oferece a melhor vantagem: 53% são influenciados pelo preço; e 39% escolhem o local por conta de ofertas e promoções. Os dados da CNDL colocam em evidência o comportamento dos lojistas, que montam diversas estratégias para atrair os fregueses, uma delas é colocar um locutor na porta do estabelecimento narrando as principais promoções.
“Temos roupas de R$ 10, R$ 20, R$ 30 reais. Leve quantas você quiser e pague só daqui a três meses”, dizia um desses profissionais. “Tá uma loucura! O gerente ficou doido! Temos vestidos, camisas, calças, sapatos, tudo isso para você passar o Natal da melhor forma, com descontos que podem chegar a 70%. Entre e aproveite o melhor preço de Belém”, dizia outro locutor.
Embarcando na onda das promoções, Gabriela Oliveira, 23, deu desconto para todas as peças expostas. “Tem pessoas que param aqui em busca de apenas uma peça, mas no final saem com duas ou três ou mais. Isso porque quanto mais roupas colocar na sacola, maior o desconto, então, desta forma, muitos acham vantajoso”, explicou a comerciante.
Thiago Dickson, 21, trabalha em uma loja que vende os mais variados tipos de roupas, passando pelo terno e camisas sociais, até calças e vestidos. De acordo com o atendente, o local recebe um público equilibrado, diferente dos anos anteriores onde as mulheres lideravam a freguesia. “É interessante essa mudança, pois são elas as mais dedicadas em presentear alguém”, revelou.
Outro detalhe é que o estabelecimento precisou contratar mais pessoas para dar conta do fluxo intenso de dezembro. “Eu, por exemplo, fui contratado como fiscal de loja, mas estou dando uma força no salão. Recebemos alguns profissionais temporários para somar com a equipe e assim, consigamos dar conta de todos os clientes”, enfatizou Dickson.
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