De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a expectativa é de uma alta de 12,5% nas vendas de bebidas até o final de dezembro próximo, se comparado ao mesmo período em 2021. Segundo a Abras, a pesquisa analisou o fluxo de estoque de itens como cervejas, vinhos, espumantes, destilados e refrigerantes de depósitos e supermercados de todo o país.
Apesar do aumento na procura por esses produtos em termo nacional, comerciantes das mais diversas localidades de Belém informaram que o movimento caiu após as festas de Natal. No Depósito Real, no bairro do Marco, por exemplo, a vendedora Claudia Mota, 47, declarou que os trabalhos agora são para manter as contas equilibradas até o final do mês.
“Creio que esse é um processo natural nesse segmento, já que no ano novo é comum as pessoas pegarem estradas rumo a regiões mais praianas. O que vemos, por exemplo, é uma cidade mais quieta, com poucos clientes e consequentemente acaba refletindo nas nossas vendas. De qualquer forma, vamos funcionar normalmente para atender os que estão na capital”, afirmou.
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No bairro da Pedreira, no Depósito Panela, a situação é semelhante. “Após o dia 25 de dezembro, vimos que as nossas vendas caíram 30%. Para você ter uma ideia, tem dias que vendemos mais gelo. Mas assim, estamos vendendo pouco, mas tem saído. Então é um dinheiro que conseguimos quitar com todas as nossas obrigações e renovar o estoque para janeiro”, explicou Cléo Moreira, proprietário.
PESQUISA
Entre os dias 27 e 28 de dezembro, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) analisou os preços das bebidas vendidas nas principais redes de supermercados de Belém, e concluiu que, estes produtos estão mais caros neste final de ano do que em 2021, e com reajustes bem acima da inflação estimada em torno de 6% para o mesmo período.
Ao observar a trajetória do valor da cerveja, o Dieese/PA ressalta que os reajustes não foram uniformes, mas estão entre 8% e 20% mais caros em relação a dezembro do ano passado. Nas gôndolas as etiquetas variam entre R$ 2,68 a R$ 4,78 a unidade da latinha, porém, o preço pode sofrer alta quando comercializados em ruas, bares e restaurantes da cidade, chegando a R$ 5.
Já os refrigerantes em lata tiveram alta que varia entre 4% e 20%, dependendo da marca e do estabelecimento vendido. A unidade desta bebida gira entre R$ 2,29 a R$ 3,38, com preço médio de R$ 4 fora do supermercado. Os espumantes e champanhes não fugiram da disparada, sendo que os mais populares estão na faixa dos R$ 12,95 a R$ 19,75.
PREÇOS
Clovis Moreira, 54, afirmou que os preços seguem a taxação padrão aplicada à nota do fornecedor, e que, mesmo com os aumentos constantes dos produtos, evita os reajustes para o consumidor final. “Nem sempre dá, mas vamos espremendo o quanto pode para manter um preço agradável para ambos os lados, principalmente nessa reta final de 2023, quando o movimento tá fraco”, concluiu o proprietário do Depósito Rei Salomão.
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