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SENTENÇA

Justiça condena PMs por tortura e morte de jovem no Pará

Caso ocorrido em 2021, no município de Xinguara, estava sendo acompanhado pela Anistia Internacional.

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Imagem ilustrativa da notícia Justiça condena PMs por tortura e morte de jovem no Pará camera Wagner Braga Almeira, André Pinto da Silva, Dionatan João Neves Pantoja e Ismael Noia Vieira, os quatro agentes, foram expulsos da corporação | Reprodução/ Arquivo pessoal

Na noite do último domingo (05), a Justiça Militar do Estado do Pará condenou quatro policiais militares pela morte do jovem Mateus Gabriel da Silva Costa, de 18 anos. O crime ocorreu em 2021 no município de Xinguara, no sul do Pará. Até o momento, o corpo do rapaz não foi encontrado.

A vítima desapareceu em fevereiro de 2021, quando teria saído de moto para encontrar com amigos. No meio do caminho, foi perseguido por uma viatura do Grupo Tático Operacional da Polícia Militar e nunca mais foi visto.

Justiça autoriza prisão de militares após sumiço de jovem

Após um longo período de investigações, recolhimento de provas e depoimentos de testemunhas, o júri decidiu pela condenação dos quatro militares.

Wagner Braga Almeida, André Pinto da Silva, Dionatan João Neves Pantoja e Ismael Noia Vieira, os quatro agentes, foram condenados pelo crime de tortura e homicídio recebendo pena de 8 anos e 9 meses de reclusão e a expulsão da corporação da Policia Militar. Ainda na decisão, os réus foram absolvidos pelo crime de sequestro e ocultação de cadáver.

Os quatro militares ganharam o direito de responder o processo em liberdade sob medidas cautelares. O descumprimento de qualquer uma das medidas poderá desencadear em nova prisão preventiva.

Relembre o caso

Mateus Gabriel foi visto pela última vez no dia três de fevereiro de 2021. Câmeras de segurança registraram os últimos momentos do jovem com vida.

As imagens mostram Mateus conduzindo uma motocicleta por uma rua de Xinguara conhecida como "beco da baiana" quando começa ser seguido pela viatura, onde estavam os quatro policiais.

Segundo os depoimentos dos acusados, os crimes cometidos contra a vítima teriam sido motivados porque ele andava na motocicleta empinando a roda dianteira. Após dois anos do desaparecimento, o corpo da vítima não foi localizado.

O crime ganhou repercussão na mídia após a mãe do adolescente ter buscado ajuda da Anistia Internacional, que mobilizou diversas instituições de direitos humanos que conseguiu levar os policiais a júri.

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