Especialistas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) trabalham ao lado de técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) na tentativa de salvar a samaumeira que desabou na última segunda-feira (6), na praça Santuário, em Nazaré.
O grupo esteve no local do incidente nesta quinta-feira (9) para fazer uma avaliação da situação da árvore e determinar com maior precisão as causas que levaram a queda de grande parte de sua estrutura do vegetal. Os profissionais avaliam ainda se há alguma forma de salvar o vegetal, que é considerado histórico e um dos símbolos da capital paraense. A inspeção foi feita à convite da Prefeitura de Belém.
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Segundo os especialistas, a avaliação visual apontou que a árvore sofreu um ataque massivo de fungos, bactérias e insetos, os chamados organismos xilófagos. O professor da Ufra e engenheiro florestal, Antonio José Moreira, informou que esse tipo de ataque é comum em algumas espécies de vegetais, e mais ainda em exemplares que estão em áreas urbanas.
Além de ser uma das samaumeiras mais antigas das que estão localizadas na praça Santuário, a árvore já havia sofrido outros ataques de microrganismos. Na ocasião, uma grande fenda foi aberta em seu tronco, mas que acabou se fechando após um longo processo de recuperação.
Já a professora Jose Freitas, da Ufra, lembra que por ser uma árvore velha, a samaumeira provavelmente cumpriu seu ciclo de vida. No entanto, o ataque de insetos pode ter acelerado o desgaste no tronco, impedindo que o vegetal mantivesse a sustentação da própria estrutura.
POSSIBILIDADES DE RECUPERAÇÃO
De acordo com a professora Nomey Viana, da Embrapa, os pesquisadores avaliarão todas as possibilidades de recuperação da samaumeira. Contudo, se essa possibilidade não se confirmar, a ideia é iniciar o mais breve possível o processo de micropropagação (cultivo de plantas in vitro). O objetivo desse método é obter algumas mudas da espécie para espalhar pela cidade.
O diretor do departamento de Áreas Verdes Públicas da Semma, Kayan Rossy, informou que o grupo de especialistas deve apresentar suas conclusões a respeito das chances de salvar o vegetal dentro de 30 dias.
“A iniciativa de convidar os especialistas foi com a intenção de dar um encaminhamento mais assertivo no trato do incidente com a samaumeira, para evitar mais gastos de recursos desnecessários e pela importância que tem essa árvore", comentou Rossy, explicando que "o que será feito é o recolhimento de amostras pela Ufra e Embrapa, para que se possa chegar a uma conclusão das ações a serem tomadas no futuro. Até lá o tronco da samaúma será preservado”, ressaltou.
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