Ovos e farinha marcaram a festa da caloura Lívia Letícia quando viu o próprio nome marcado no consagrado listão da Universidade Federal do Pará (UFPA) em fevereiro último no curso de Medicina. A moradora de Capanema, município do nordeste paraense, dedicou boa parte do seu dia com o trabalho como garçonete, enquanto debruçava sobre livros e apostilas todas as noites.
O objetivo foi atingido, mas a alegria da jovem, de apenas 20 anos, não durou muito ao descobrir que a universidade indeferiu sua inscrição. O motivo foi que Lívia, mesmo tendo submetido a documentação necessária, não atendia aos requisitos da cota de baixa renda — modalidade na qual estava inscrita.
O caso ganhou repercussão e mobilizou uma verdadeira força-tarefa, tanto nas redes sociais quanto na cidade natal da estudante.
PROCEDIMENTOS
Nesta sexta-feira (17), a professora Lucyene Nascimento, que acompanha o drama de Lívia desde o início, informou que a Comissão de Educação da Alepa (Assembleia Legislativa do Pará) protocolou um pedido no início da tarde para que a UFPA dê respostas sobre o indeferimento da jovem, mesmo comprovados os requisitos da cota de baixa renda.
“A comissão deu entrada pedindo à Reitoria [da UFPA] informações da bancada que anulou a inscrição de Lívia, além das providências que serão tomadas, tendo em vista que foi comprovado que ela se enquadra nos requisitos”, pontuou o vereador Pedro Paulo (DEM), de Capanema, que também auxilia o caso da estudante.
A expectativa deles e de Lívia é ter um posicionamento da instituição até a próxima semana.
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